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Dados do BC puxam juros, mas dólar atenua alta das taxas

Na reta final, as taxas mais longas voltaram para os ajustes, com os estrangeiros atuando de olho nas sucessivas mínimas do dólar

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (196.745 contratos) marcava 9,36% (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 17h12.

São Paulo - A avaliação do Banco Central (BC), de que "não se faz necessário" um superávit primário de grande magnitude, conforme mostrou o Relatório Trimestral de Inflação, fez com que os juros subissem nesta segunda-feira, 30, a despeito da queda firme do dólar e de os prêmios dos Treasuries (títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos) terem ficado estáveis ao longo do pregão.

Além disso, o BC mostrou preocupação com a inflação de curto prazo e piorou as estimativas para 2014, o que fez com que os investidores voltassem a precificar de forma majoritária mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual para a taxa básica de juros (Selic) neste ano.

Na reta final, as taxas mais longas voltaram para os ajustes, com os estrangeiros atuando de olho nas sucessivas mínimas do dólar.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (196.745 contratos) marcava 9,36%, de 9,31% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (514.090 contratos) indicava taxa de 10,24%, ante 10,15% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (115.125 contratos) apontava 11,42%, de 11,41%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (14.265 contratos) estava em 11,83%, ante 11,84% no ajuste anterior.

O diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, tentou explicar a visão do BC sobre o quadro fiscal. Segundo ele, "se o impulso fiscal ficar parado, o indicador fiscal vai para a neutralidade".

No documento divulgado mais cedo, o BC avaliou que "não se faz necessária" a geração de superávits primários do setor público de ampla magnitude. O BC informou que a necessidade de superávits maiores ocorria quando havia preocupação com solvência do setor público, o que não há agora.


No meio da tarde, o BC divulgou que o setor público consolidado teve déficit de R$ 432 milhões em agosto, abaixo do piso de R$ 300 milhões positivos encontrado pelo AE Projeções.

As contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 84,739 bilhões em 12 meses até agosto, o equivalente a 1,82% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano, o superávit primário do setor público foi de R$ 54,013 bilhões, ou 1,73% do PIB.

No Relatório de Inflação, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de referência subiu de 5,4% para 5,7% e, no cenário de mercado, avançou de 5,2% para 5,7%. O BC projetou ainda (cenário de referência) que a inflação se manterá em 5,6% no acumulado em 12 meses no primeiro e no segundo trimestre de 2015, estimativas maiores do que no relatório anterior (5,4%).

Ainda por este cenário, o IPCA acumulado em 12 meses no terceiro trimestre de 2015 foi mantido em 5,5%. No cenário de mercado, as expectativas foram as seguintes: 5,2% para 5,6% até o primeiro trimestre de 2015; 5,3% para 5,5% até o segundo trimestre e de 5,4% no terceiro trimestre.

Com as informações, o exterior ficou em segundo plano na maior parte do dia. Mas, no fim do pregão, o dólar renovou as mínimas, em linha com o mercado internacional. Com isso, as taxas longas perderam vigor e terminaram perto do ajuste. O dólar à vista no balcão encerrou com baixa de 1,9%, cotado a R$ 2,216.

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São Paulo - A avaliação do Banco Central (BC), de que "não se faz necessário" um superávit primário de grande magnitude, conforme mostrou o Relatório Trimestral de Inflação, fez com que os juros subissem nesta segunda-feira, 30, a despeito da queda firme do dólar e de os prêmios dos Treasuries (títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos) terem ficado estáveis ao longo do pregão.

Além disso, o BC mostrou preocupação com a inflação de curto prazo e piorou as estimativas para 2014, o que fez com que os investidores voltassem a precificar de forma majoritária mais duas elevações de 0,50 ponto porcentual para a taxa básica de juros (Selic) neste ano.

Na reta final, as taxas mais longas voltaram para os ajustes, com os estrangeiros atuando de olho nas sucessivas mínimas do dólar.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (196.745 contratos) marcava 9,36%, de 9,31% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (514.090 contratos) indicava taxa de 10,24%, ante 10,15% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (115.125 contratos) apontava 11,42%, de 11,41%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (14.265 contratos) estava em 11,83%, ante 11,84% no ajuste anterior.

O diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, tentou explicar a visão do BC sobre o quadro fiscal. Segundo ele, "se o impulso fiscal ficar parado, o indicador fiscal vai para a neutralidade".

No documento divulgado mais cedo, o BC avaliou que "não se faz necessária" a geração de superávits primários do setor público de ampla magnitude. O BC informou que a necessidade de superávits maiores ocorria quando havia preocupação com solvência do setor público, o que não há agora.


No meio da tarde, o BC divulgou que o setor público consolidado teve déficit de R$ 432 milhões em agosto, abaixo do piso de R$ 300 milhões positivos encontrado pelo AE Projeções.

As contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 84,739 bilhões em 12 meses até agosto, o equivalente a 1,82% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano, o superávit primário do setor público foi de R$ 54,013 bilhões, ou 1,73% do PIB.

No Relatório de Inflação, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de referência subiu de 5,4% para 5,7% e, no cenário de mercado, avançou de 5,2% para 5,7%. O BC projetou ainda (cenário de referência) que a inflação se manterá em 5,6% no acumulado em 12 meses no primeiro e no segundo trimestre de 2015, estimativas maiores do que no relatório anterior (5,4%).

Ainda por este cenário, o IPCA acumulado em 12 meses no terceiro trimestre de 2015 foi mantido em 5,5%. No cenário de mercado, as expectativas foram as seguintes: 5,2% para 5,6% até o primeiro trimestre de 2015; 5,3% para 5,5% até o segundo trimestre e de 5,4% no terceiro trimestre.

Com as informações, o exterior ficou em segundo plano na maior parte do dia. Mas, no fim do pregão, o dólar renovou as mínimas, em linha com o mercado internacional. Com isso, as taxas longas perderam vigor e terminaram perto do ajuste. O dólar à vista no balcão encerrou com baixa de 1,9%, cotado a R$ 2,216.

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