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Cunha orienta aliados a terem calma em reunião do Conselho

O relatório poderia ser votado já nesta tarde, mas aliados de Cunha pedirão vista, o que levará a votação para a próxima semana

Eduardo Cunha, presidente da Câmara: o relatório poderia ser votado já nesta tarde (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 12h25.

Brasília - Diante da repercussão negativa das manobras realizadas na semana passada, o presidente da Câmara , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), orientou seus aliados a manterem a calma e deixarem seguir a sessão do Conselho de Ética desta terça-feira, 24.

Nesta tarde, o protagonismo da defesa ficará a cargo do advogado Marcelo Nobre, que defende o peemedebista no colegiado da acusação de ter mentido à CPI da Petrobras, em março deste ano, ao dizer que não tinha contas no exterior.

Às 14h30, terá início a sessão em que será lido o parecer preliminar do relator Fausto Pinato (PRB-SP), que será favorável à admissibilidade do processo, ou seja, defenderá que Cunha seja investigado na ação que pode culminar com a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro.

O relatório poderia ser votado já nesta tarde, mas aliados de Cunha pedirão vista, o que levará a votação para a próxima semana.

O foco de Marcelo Nobre nesta tarde será justamente Pinato. Na defesa apresentada na semana passada, o advogado faz críticas ao relator.

Nobre pede a suspeição de Fausto Pinato, alegando "prejulgamento" ao detalhar seu parecer à imprensa antes de o documento ser apresentado aos membros do conselho e antes da apresentação da defesa.

Integrantes da tropa de choque de Cunha dizem que só entrarão em ação se identificarem que o regimento da Câmara está sendo desrespeitado.

Na semana passada, os aliados do peemedebista tentaram inviabilizar a sessão do Conselho de Ética. O ato mais extremo foi a anulação da reunião do colegiado, decisão tomada no plenário principal pelo deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), que assumiu interinamente a presidência da sessão e foi orientado por Cunha.

Deputados de diversos partidos se rebelaram e deixaram o plenário. Eduardo Cunha, então, recuou e suspendeu a anulação da sessão.

Admissibilidade

Nos bastidores, aliados de Cunha já admitem que a admissibilidade deve mesmo ser aprovada. Apesar do pacto de não agressão entre o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, os três petistas que integram o conselho disseram que votarão a favor do parecer de Fausto Pinato.

A ala mais a esquerda do PT defende a radicalização da postura do partido contra Cunha.

No entanto, estes parlamentares estão sendo enquadrados. Um grupo de deputados reuniu-se na noite de segunda-feira, 23, com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) na casa do deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Todos saíram de cara fechada e sem querer fazer comentários sobre o encontro. "O ministro está aí. Pergunte a ele", reagiu Jorge Solla (PT-BA) ao ser abordado por jornalistas.

O deputado Luiz Couto (PT-PB) tentou subir o vidro do táxi que tomou ao deixar o encontro para não falar com os repórteres.

Com dificuldade para encontrar o interruptor, deixou o local com a janela aberta dizendo que precisava tomar um remédio.

A deputada Moema Gramacho (PT-BA) disse que discutiu com seus pares "conjuntura política", mas negou que a situação do presidente da Câmara tenha feito parte do tema abordado na conversa.

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Brasília - Diante da repercussão negativa das manobras realizadas na semana passada, o presidente da Câmara , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), orientou seus aliados a manterem a calma e deixarem seguir a sessão do Conselho de Ética desta terça-feira, 24.

Nesta tarde, o protagonismo da defesa ficará a cargo do advogado Marcelo Nobre, que defende o peemedebista no colegiado da acusação de ter mentido à CPI da Petrobras, em março deste ano, ao dizer que não tinha contas no exterior.

Às 14h30, terá início a sessão em que será lido o parecer preliminar do relator Fausto Pinato (PRB-SP), que será favorável à admissibilidade do processo, ou seja, defenderá que Cunha seja investigado na ação que pode culminar com a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro.

O relatório poderia ser votado já nesta tarde, mas aliados de Cunha pedirão vista, o que levará a votação para a próxima semana.

O foco de Marcelo Nobre nesta tarde será justamente Pinato. Na defesa apresentada na semana passada, o advogado faz críticas ao relator.

Nobre pede a suspeição de Fausto Pinato, alegando "prejulgamento" ao detalhar seu parecer à imprensa antes de o documento ser apresentado aos membros do conselho e antes da apresentação da defesa.

Integrantes da tropa de choque de Cunha dizem que só entrarão em ação se identificarem que o regimento da Câmara está sendo desrespeitado.

Na semana passada, os aliados do peemedebista tentaram inviabilizar a sessão do Conselho de Ética. O ato mais extremo foi a anulação da reunião do colegiado, decisão tomada no plenário principal pelo deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), que assumiu interinamente a presidência da sessão e foi orientado por Cunha.

Deputados de diversos partidos se rebelaram e deixaram o plenário. Eduardo Cunha, então, recuou e suspendeu a anulação da sessão.

Admissibilidade

Nos bastidores, aliados de Cunha já admitem que a admissibilidade deve mesmo ser aprovada. Apesar do pacto de não agressão entre o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, os três petistas que integram o conselho disseram que votarão a favor do parecer de Fausto Pinato.

A ala mais a esquerda do PT defende a radicalização da postura do partido contra Cunha.

No entanto, estes parlamentares estão sendo enquadrados. Um grupo de deputados reuniu-se na noite de segunda-feira, 23, com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) na casa do deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Todos saíram de cara fechada e sem querer fazer comentários sobre o encontro. "O ministro está aí. Pergunte a ele", reagiu Jorge Solla (PT-BA) ao ser abordado por jornalistas.

O deputado Luiz Couto (PT-PB) tentou subir o vidro do táxi que tomou ao deixar o encontro para não falar com os repórteres.

Com dificuldade para encontrar o interruptor, deixou o local com a janela aberta dizendo que precisava tomar um remédio.

A deputada Moema Gramacho (PT-BA) disse que discutiu com seus pares "conjuntura política", mas negou que a situação do presidente da Câmara tenha feito parte do tema abordado na conversa.

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