Brasil

Cunha afastado; Maranhão sem condição…

STF e Cunha 1 Na tarde desta quinta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade afastar o deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha de seu mandato. A decisão é inédita. Eles confirmaram a decisão provisória dada pelo ministro Teori Zavascki pela manhã sobre o pedido feito pelo procurador-geral da República Rodrigo […]

 (Igo Estrela/ Getty Images/Getty Images)

(Igo Estrela/ Getty Images/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 18h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h12.

STF e Cunha 1

Na tarde desta quinta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade afastar o deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha de seu mandato. A decisão é inédita. Eles confirmaram a decisão provisória dada pelo ministro Teori Zavascki pela manhã sobre o pedido feito pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot em dezembro de 2015. Teori apresentou seu voto após o ministro Marco Aurélio Mello marcar para hoje a votação no plenário da ação impetrada pela Rede Sustentabilidade que pedia o afastamento de Cunha do cargo de presidente da Câmara.

STF e Cunha 2

Em entrevista coletiva, Cunha disse que não há a menor possibilidade de ele renunciar. Caso Cunha renunciasse, seria aberto o processo para nova eleição para presidente da Câmara. Sem sua renúncia, quem assume é o primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA). Tanto aliados como adversários concordam que Maranhão “não tem a menor condição” de presidir a casa. Durante a tarde, especulou-se que a tendência é de que alguns partidos pressionem para que o restante da linha sucessória à presidência da Câmara renuncie para que sejam feitas novas eleições.

STF e Cunha 3

A decisão do STF deve gerar grande repercussão no mundo político. Embora os ministros tenham tentado deixar claro o caráter “único e personalizado” da decisão tomada nesta quinta-feira, aliados de Cunha criticaram o movimento. Seis partidos subscreveram um manifesto que afirmou que a decisão viola o mandato do parlamentar. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que a decisão de afastar Cunha da presidência da Câmara foi correta, mas que o STF não pode afastá-lo do cargo de deputado. Essa decisão caberia somente a outros deputados. O processo de cassação de Eduardo Cunha está no Conselho de Ética da Câmara desde outubro de 2015.

Samarco na mira

O Ministério Público de Minas Gerais apresentou na tarde desta quinta-feira uma denúncia contra 14 funcionários da Samarco pelo acidente nas barragens de Mariana, em novembro do ano passado. Entre eles, está o ex-presidente da empresa, Ricardo Vescovi. As acusações são associação criminosa e de omissão para prevenir desastres ambientais. O MP-MG também denunciou a mineradora por dificultar a atuação de órgão do meio ambiente. O acidente fez 20 vítimas, uma continua desaparecida.

Deputados e Dilma explicando Golpe

Um grupo de deputados de oposição protocolou uma ação para interpelar a presidente Dilma Rousseff a respeito da afirmação de que ela vem sendo vítima de um golpe. Para os deputados, com uma acusação de “tamanha gravidade”, espera-se que a presidente tome uma atitude a respeito, já que ela teria dispositivos legais para isso. O grupo afirma que essa afirmação é uma ofensa contra os 513 deputados. Depende do STF autorizar, ou não, que Dilma responda aos questionamentos.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Brasil

Prefeito de Porto Alegre sugere que moradores com casa no litoral deixem a capital

Em Porto Alegre, socorristas vão de andar em andar em busca de moradores ilhados

Rio Grande do Sul tem 854,4 mil pessoas sem abastecimento de água

Número de pessoas resgatadas no Rio Grande do Sul chega a 20 mil

Mais na Exame