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Corregedoria da PF investiga operação na UFMG

Investigação foi aberta depois que professores da instituição acusam policiais federais de truculência

UFMG: reitor e a vice-reitora são investigados pelo suposto desvio de recursos para a construção do Memorial da Anistia Política do Brasil (Divulgação/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 08h51.

Belo Horizonte - A Corregedoria da Polícia Federal investiga o comportamento dos agentes que participaram da Operação Esperança Equilibrista, no dia 6, em Belo Horizonte, que resultou no cumprimento de mandados de condução coercitiva e depoimento do reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ramirez. Professores da instituição acusam policiais federais de truculência.

O reitor e a vice-reitora, Sandra Regina Goulart Almeida, são investigados pelo suposto desvio de recursos para a construção do Memorial da Anistia Política do Brasil.

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Segundo a PF, teriam sido gastos mais de R$ 19 milhões na obra, sob responsabilidade da UFMG - o projeto inicial era de R$ 5 milhões.

O projeto prevê a construção de estrutura para abrigar exposição permanente de documentos referentes à ditadura militar. O desvio chegaria a R$ 3,8 milhões, estima a PF.

No dia 6, os policiais chegaram pela manhã uma casa onde o reitor estaria morando, mas foram informados por sua ex-mulher que ele havia se mudado.

Os agentes, então, se dirigiram ao novo endereço e, ao chegarem, teriam encontrado resistência do reitor em abrir a porta.

Um professor da UFMG que não quis se identificar disse que Ramirez foi avisado pela ex-mulher que a PF estava a caminho e ele não abriu a porta porque tinha acabado de sair do banho e estava de toalha quando chegaram.

Segundo um policial que participou da operação, a porta só foi aberta depois que um chaveiro foi chamado.

Outro momento de truculência, conforme relatos de integrantes do corpo docente da universidade, teria ocorrido durante o depoimento de Ramirez na sede da PF, onde alunos e professores da escola realizaram uma manifestação contra a condução coercitiva.

O professor que não quis se identificar disse que os policiais teriam dito, em tom ameaçador, que o reitor teria organizado o protesto.

Em nota, a assessoria da PF disse que "todos os fatos relativos à deflagração da operação estão sendo devidamente apurados pela Corregedoria". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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