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Coronavírus: governo quer recrutar estudantes de medicina do último ano

Alunos dos cursos de farmácia, enfermagem e fisioterapia também serão chamados para ajudar no combate ao Covid-19

Pandemia: o número de casos de infectados passou de 600 em todo o Brasil. (Adriano Machado/Reuters)

Pandemia: o número de casos de infectados passou de 600 em todo o Brasil. (Adriano Machado/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 20 de março de 2020 às 10h57.

O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação vão chamar estudantes do último ano de quatro cursos da área da saúde para ajudar no combate ao coronavírus (Covid-19) que passou dos 600 casos confirmados e já registra sete mortes no Brasil

Em entrevista coletiva na noite de quinta-feira, 19, o governo anunciou que alunos dos cursos de medicina, farmácia, enfermagem e fisioterapia vão poder trabalhar, sob supervisão, em toda a rede pública de saúde.

O foco é principalmente nos postos de saúde da rede básica. É no atendimento primário onde se concentra o maior número de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nos próximos dias, serão publicadas portarias normativas para saber quais prefeituras querem aderir ao trabalho voluntário dos estudantes e então definir o número de vagas. 

Como benefício, os estudantes terão um bônus de 10% na nota das provas de residência, além de uma certificação emitida pela Universidade Aberta do SUS. A carga horária também terá equivalência ao estágio supervisionado.

Médicos cubanos

No dia 16 de março, o Ministério da Saúde anunciou que vai chamar médicos cubanos para voltar a trabalhar no Sistema Único de Saúde, pelo programa Mais Médicos, com o objetivo de enfrentar a crise do coronavírus.

Para os cubanos, o processo será aberto somente após a terceira chamada de médicos brasileiros cadastrados no Conselho Federal de Medicina (CFM) que se inscreveram para o programa. No total, serão 5.811 vagas para contratação com previsão de início dos trabalhos em abril. A remuneração será de 12.000 reais e o contrato de um ano.

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