Conselho de Ética aprova cassação de Flordelis por unanimidade
A deputada é acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, pastor Anderson do Carmo, assassinado em 16 de junho de 2019 na porta de casa, em Niterói
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de junho de 2021 às 17h51.
Por 16 votos a favor e apenas um contra, o Conselho de Ética decidiu pela cassação do mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido. A maioria dos parlamentares do colegiado foi favorável ao parecer do relator, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP) e, agora, o caso terá de ser decidido no plenário da Câmara . Flordelis pode ainda recorrer à Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ).
O único voto contra ao parecer do relator foi do deputado Márcio Labre (PSL-RJ).
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O relator considerou que a conduta da parlamentar não é condizente com a de um representante do povo. "As provas coletadas tanto por esse colegiado, quanto no curso do processo criminal, são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo", escreveu Leite.
O deputado não fez considerações sobre o viés penal do caso, mas considerou que ela violou o código dos deputados, principalmente ao se contradizer sobre fatos envolvendo o caso criminal.
A deputada é acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, pastor Anderson do Carmo, assassinado em 16 de junho de 2019 na porta de casa, em Niterói (RJ). Ela nega. O casal havia conquistado notoriedade por ter criado 55 filhos, a maioria adotada.
Ela é ré na Justiça e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Flordelis não pode ser presa por causa da imunidade parlamentar e tem sido monitorada por tornozeleira eletrônica, desde o ano passado, o que pode mudar caso ela perca o mandato.