Exame Logo

Com barracas e futebol, manifestantes em SP aguardam votação

Cerca de 20 barracas estavam armadas em frente à Fiesp, na Avenida Paulista

Acampamento na Paulista: 20 barracas (Rovena Rosa / Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2016 às 16h27.

Jogando partidas de futebol ou reunidos em acampamentos, manifestantes a favor ou contra o impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff começavam a se concentrar, no início da tarde de hoje (16), na capital paulista, para a votação na Câmara dos Deputados, marcada para amanhã (17).

O Largo da Batata, na região oeste da capital paulista, e a calçada em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, eram os locais onde ativistas contrários e favoráveis ao impeachment se reuniam, respectivamente.

“Acredito que ninguém gosta de ser associado a nada sujo, e por mais que a Câmara dos Deputados não seja a coisa mais proba e limpa do mundo, eles vão também tentar se afastar dessa coisa institucionalizada, que é a corrupção no país hoje. Acredito que vai ocorrer uma maioria pró-impeachment”, disse Raphael Melo, que participava do acampamento em frente à Fiesp.

No final da manhã deste sábado, cerca de 20 barracas estavam armadas no local. Um pato inflável amarelo foi instalado dentro da sede da Fiesp. Bonecos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma, desenhados com roupa de detentos, eram vendidos nas imediações.

“A intenção nossa não é só a retirada do PT no poder. O PT é o principal problema, a ponta do iceberg, mas a gente tem muito mais problemas pela frente. Nossa luta é por um país melhor, sem corrupção. Vai ser uma decepção caso não passe, mas a expectativa maior é que passe agora”, disse Lauro Shida, que participava da mobilização no local.

No Largo da Batata, em uma quadra improvisada, com as linhas pintadas sobre o piso da praça, manifestantes contrários ao impeachment jogavam partidas de futebol. Ao final do jogo, os ativistas se reuniram para uma fotografia aos gritos de "Não Vai Ter Golpe". Um dos jogadores, o ex-senador Eduardo Suplicy mostrou confiança de que o impeachment não passará na votação deste domingo.

“Não será positivo para a nação qualquer governo que não seja diretamente eleito pela população brasileira. Estou na esperança de que um número suficiente de deputados federais vai assegurar o resultado do que o povo brasileiro depositou nas urnas em 2014. Dilma é uma pessoa extremamente séria, e merece o respeito e a confiança”, disse o ex-senador.

Rodrigo Medeiros, um dos organizadores da partida chamada Futebol Democrático, disse que ambos os lados estão nervosos e que o importante é manter a cabeça no lugar independentemente do resultado da votação.

“É pior que futebol, mas acho que a democracia vai vencer essa história toda, a gente vai levar. O golpe não vai para frente não, mas temos que manter a cabeça no lugar para qualquer resultado, para caso a votação seja favorável a gente ou a eles. Se o impeachment não passar, eles vão vir nervosos também, assim como a gente. A gente tem de manter a ordem, mas não sair das ruas” , disse.

Amanhã, estão agendadas duas grandes manifestações na capital paulista. No Vale do Anhangabaú, vão se reunir os manifestantes contra o impeachment. Na Paulista, os favoráveis.

Veja também

Jogando partidas de futebol ou reunidos em acampamentos, manifestantes a favor ou contra o impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff começavam a se concentrar, no início da tarde de hoje (16), na capital paulista, para a votação na Câmara dos Deputados, marcada para amanhã (17).

O Largo da Batata, na região oeste da capital paulista, e a calçada em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, eram os locais onde ativistas contrários e favoráveis ao impeachment se reuniam, respectivamente.

“Acredito que ninguém gosta de ser associado a nada sujo, e por mais que a Câmara dos Deputados não seja a coisa mais proba e limpa do mundo, eles vão também tentar se afastar dessa coisa institucionalizada, que é a corrupção no país hoje. Acredito que vai ocorrer uma maioria pró-impeachment”, disse Raphael Melo, que participava do acampamento em frente à Fiesp.

No final da manhã deste sábado, cerca de 20 barracas estavam armadas no local. Um pato inflável amarelo foi instalado dentro da sede da Fiesp. Bonecos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma, desenhados com roupa de detentos, eram vendidos nas imediações.

“A intenção nossa não é só a retirada do PT no poder. O PT é o principal problema, a ponta do iceberg, mas a gente tem muito mais problemas pela frente. Nossa luta é por um país melhor, sem corrupção. Vai ser uma decepção caso não passe, mas a expectativa maior é que passe agora”, disse Lauro Shida, que participava da mobilização no local.

No Largo da Batata, em uma quadra improvisada, com as linhas pintadas sobre o piso da praça, manifestantes contrários ao impeachment jogavam partidas de futebol. Ao final do jogo, os ativistas se reuniram para uma fotografia aos gritos de "Não Vai Ter Golpe". Um dos jogadores, o ex-senador Eduardo Suplicy mostrou confiança de que o impeachment não passará na votação deste domingo.

“Não será positivo para a nação qualquer governo que não seja diretamente eleito pela população brasileira. Estou na esperança de que um número suficiente de deputados federais vai assegurar o resultado do que o povo brasileiro depositou nas urnas em 2014. Dilma é uma pessoa extremamente séria, e merece o respeito e a confiança”, disse o ex-senador.

Rodrigo Medeiros, um dos organizadores da partida chamada Futebol Democrático, disse que ambos os lados estão nervosos e que o importante é manter a cabeça no lugar independentemente do resultado da votação.

“É pior que futebol, mas acho que a democracia vai vencer essa história toda, a gente vai levar. O golpe não vai para frente não, mas temos que manter a cabeça no lugar para qualquer resultado, para caso a votação seja favorável a gente ou a eles. Se o impeachment não passar, eles vão vir nervosos também, assim como a gente. A gente tem de manter a ordem, mas não sair das ruas” , disse.

Amanhã, estão agendadas duas grandes manifestações na capital paulista. No Vale do Anhangabaú, vão se reunir os manifestantes contra o impeachment. Na Paulista, os favoráveis.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDilma RousseffImpeachmentMetrópoles globaisPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadoressao-paulo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame