Cheque para Temer; Equipe de Doria…
Cheque da discórdia 1 Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, tucanos e integrantes do governo desconfiam que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Herman Benjamin recomendará a cassação da chapa Dilma-Temer sem separação de presidente e vice. De acordo com o jornal, auxiliares do presidente temem incertezas no mercado financeiro por causa […]
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2016 às 17h51.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h34.
Cheque da discórdia 1
Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, tucanos e integrantes do governo desconfiam que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Herman Benjamin recomendará a cassação da chapa Dilma-Temer sem separação de presidente e vice. De acordo com o jornal, auxiliares do presidente temem incertezas no mercado financeiro por causa da decisão, que ganhou novos contornos desde o surgimento de um cheque nominal de 1 milhão de reais pago pela Andrade Gutierrez à campanha peemedebista que assumidamente é fruto de pagamento de propina por contratos públicos da empreiteira.
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Cheque da discórdia 2
A polêmica do cheque fez o TSE marcar para a próxima semana uma acareação entre o ex-presidente da empreiteira Otávio Marques de Azevedo e o ex-ministro Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014. Em delação premiada à Operação Lava-Jato, o empreiteiro afirma que o dinheiro foi repassado ao PT, mas um cheque apresentado leva o nome de Michel Temer, destinado expressamente à campanha de vice-presidente.
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Equipe Doria
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, apresentou mais oito secretários de sua equipe para a prefeitura. São eles o economista do Itaú Caio Megale (Fazenda), o ex-presidente da SPTuris e empresário Wilson Poit (Desestatização), o ex-presidente do Metrô Sérgio Avelleda (Transportes), o ex-presidente do Detran Daniel Annenberg (Inovação e Tecnologia), a ex-secretária de Planejamento Heloísa Proença (Desenvolvimento Urbano), o empresário de hotéis Julio Serson (Assuntos Internacionais), o jornalista Fabio Santos (Comunicação) e a vereadora Soninha Francine (Assistência Social).
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Operação Dragão
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a 36a fase da Operação Lava-Jato, que investiga repasses de empreiteiras como a UTC e a Mendes Júnior aos operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran para lavagem de dinheiro. Os valores envolvidos chegam a 50 milhões de reais. Assad e Duran transformavam as comissões em contratos frios com suas empresas para gerar dinheiro e realizar pagamentos de propinas. Assad está preso desde agosto deste ano, condenado por Sergio Moro a nove anos e dez meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Duran está fora do país desde abril e integra a lista de procurados da Interpol. Além dos pedidos de prisão, foram cumpridas outras 16 ordens judiciais no Ceará, São Paulo e Paraná.
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Itaquerão
Três empresas que participaram da construção da Arena Corinthians dividiram entre si sobras de dinheiro que deveriam ter sido usadas na obra. São elas a empreiteira Odebrecht, a hidráulica Temon e a de ar-condicionado Heating & Cooling, com consentimento do arquiteto responsável pela fiscalização, Jorge Borja. A informação é do site Globoesporte.com. No contrato, a divisão estava acordada caso as empresas conseguissem economizar na verba destinada, o que não aconteceu. Segundo o Corinthians, os desvios de orçamento serão investigados.
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Na Justiça
A oposição ao governo Michel Temer promete dificultar o suave caminho que vinha tendo a PEC do teto de gastos públicos. A ideia é levar a proposta ao Supremo Tribunal Federal e judicializar a questão. Segundo parlamentares, a proposta não garante que saúde e educação não perderão recursos ano a ano, algo protegido pela Constituição. O governo argumenta que o reajuste pela inflação é suficiente e, mesmo que não seja, é possível cortar de outras áreas e alocar recursos nas pastas se for necessário.
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Corte no prazo
A repatriação de recursos terá prazo mais curto na nova etapa que entrará em vigor pelo Congresso. A nova data é 10 de março, 40 dias depois do início previsto para 1o de fevereiro. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), atendeu a um pedido do Ministério da Fazenda, que pretende arrecadar mais 20 bilhões de reais nesta rodada, com alíquotas reajustadas e multa de 17,5% cada uma. Renan anunciou também que o relator do projeto será Romero Jucá (PMDB-RR).
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Varredura nos salários
Renan instalou nesta quinta-feira uma comissão para investigar o pagamento de “supersalários” no funcionalismo público. O teto permitido pela Constituição Federal não pode ultrapassar o que recebe um ministro do Supremo Tribunal Federal, fixado hoje em 33.763 reais. “Continuar pagando 150.000 reais para servidor é um acinte, é um horror. [No Rio] Pessoas estão ganhando até 200.000 reais, é um acinte a um país tão desigual.” A comissão terá um prazo de 20 dias para levantar uma lista de servidores enquadrados e propor saídas para o problema.
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Novo cargo
A ex-presidente Dilma Rousseff será a nova presidente do conselho da Fundação Perseu Abramo. A escolha foi anunciada nesta quinta-feira pela cúpula do PT, que aprovou seu nome por unanimidade. O cargo é figurativo, já que o presidente é Márcio Pochmann. Dilma receberá contribuições por participação nas reuniões da fundação, a cada trimestre.
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Bloqueado
As contas do governo do Rio de Janeiro foram bloqueadas pela segunda vez nesta semana. São 310 milhões de reais congelados por atraso no pagamento de dívidas com a União, somando à decisão do Tesouro na última segunda-feira. “A medida afeta diretamente a gestão de recursos do caixa do estado e compromete o fluxo de pagamento dos servidores públicos no mês de outubro”, afirmou a nota da Secretaria da Fazenda do Rio. A dívida do estado chega a 64 bilhões de reais.