Carne Fraca, nova semana
A Operação Carne Fraca completou uma semana registrando 130 milhões de dólares em perda para a exportação brasileira. O número é a base para uma ofensiva das autoridades para reverter o quadro no exterior nos próximos dias. O ministro Agricultura, Blairo Maggi, que encabeça a tentativa de reação do comércio exterior, previa uma viagem à China […]
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2017 às 06h54.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h59.
A Operação Carne Fraca completou uma semana registrando 130 milhões de dólares em perda para a exportação brasileira. O número é a base para uma ofensiva das autoridades para reverter o quadro no exterior nos próximos dias. O ministro Agricultura, Blairo Maggi, que encabeça a tentativa de reação do comércio exterior, previa uma viagem à China nesta segunda-feira. O país, porém, resolveu no sábado retomar negócios com Brasil, assim como Egito e Chile. Mas a missão está longe de acabar: o embargo segue em cerca de 20 países. O mais novo bloqueio veio da Suíça, no fim de semana.
Outros ministros da área devem aumentar o corpo a corpo em suas agendas no exterior. Ainda nesta semana, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, vai a Buenos Aires para participar do Fórum Econômico Mundial para América Latina, e aproveitará a oportunidade para defender a carne brasileira e o sistema de fiscalização no país. O Itamaraty também deve fazer parte da ofensiva. O ministro Aloysio Nunes Ferreira vai nesta segunda ao Paraguai para reuniões bilaterais, e deve aproveitar para defender a carne brasileira.
Em outra frente, as autoridades seguem batendo na tecla de que a Operação Carne Fraca deve continuar investigando o esquema de corrupção montado por fiscais do Ministério da Agricultura. Pelo que sinaliza a Polícia Federal, em breve haverá novas revelações. Os último três presos temporários da operação foram soltos no domingo. O governo, até aqui, não sinalizou alterações que poderiam mitigar a formação de um novo conluio entre fiscais e empresários, como tirar da mão de políticos a indicação dos superintendentes dos órgãos de checagem. Nesse quesito, não houve demonstração de novidades por parte do governo. A julgar pela agenda dos próximos dias, o silêncio deve continuar.