Capital de SP tem queda de 17% nos óbitos pela covid-19 na última semana
De acordo com o governo do estado, a capital registrou entre 23 a 29 de junho 622 óbitos pelo coronavírus, contra 752 entre 16 e 22 de junho
Clara Cerioni
Publicado em 30 de junho de 2020 às 14h28.
Última atualização em 30 de junho de 2020 às 15h23.
Um balanço feito pelo governo de São Paulo mostra que a capital paulista teve uma redução de 17% no número de novas mortes causadas pela covid-19 nos últimos sete dias, de 23 a 29 de junho. A comparação é feita com a semana anterior, de 16 a 22 de junho.
Segundo os dados, nos últimos sete dias a capital registrou 622 óbitos pela doença, contra 752 na semana anterior.
Os números foram divulgados pela secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, em entrevista coletiva nesta terça-feira, 30.
"Neste mesmo período analisado, nós também tivemos a redução de 10% de novas internações em leitos de enfermaria e de UTI na cidade de São Paulo", disse Patrícia Ellen. Os registros mostram que na última semana foram 4.923 pessoas internadas com a doença, contra 5.448 na semana anterior.
No balanço de hoje da Secretaria da Saúde, a cidade tem 125.012 casos confirmados e 7.026 mortes em decorrência do coronavírus. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 66%. Este número já chegou perto dos 90% em abril.
Por conta da queda de internações, o prefeito Bruno Covas (PSDB) decidiu fechar o hospital de campanha do Pacaembu. O último paciente recebeu alta na segunda-feira, 29.
A prefeitura ainda administra mais um hospital de campanha, o do Anhembi, que permanece aberto, com uma reserva de 900 leitos que podem ser acionados em caso de necessidade.
O governo do estado tem dois hospital de campanha. O do Ibirapuera tem 240 leitos de enfermaria e 28 de estabilização. O último balanço mostra que 135 pessoas ainda estão internadas.
O de Heliópolis tem 200 leitos de enfermaria e 24 de UTI. Diferentemente dos outros hospitais de campanha, a taxa de ocupação oscila entre 85% e 100%, dependendo do dia.
Abertura de bares e restaurantes
Com esta redução no número de mortes e de internações, há uma tendência de que Covas autorize a abertura de bares, restaurantes e salões de beleza na cidade de São Paulo a partir do dia 6 de julho.
Apesar de ter sido classificada na fase 3 do Plano São Paulo na semana passada, em que é permitida a abertura de bares e restaurantes, a prefeitura decidiu esperar até esta sexta-feira 3, para ter certeza de que a queda nas internações se mantenha estável nesta semana.
O Plano São Paulo é a diretriz do governo do estado que estabelece a flexibilização da quarentena. A escala vai de 1, a mais restrita, até a 5, com a volta total da atividade econômica.
O protocolo é revisado a cada duas semanas e leva em conta vários quesitos, como taxa de ocupação de leitos de UT e variação no número de casos e de mortes por covid-19.