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Empresas de energético do Canada acessaram a informações

Segundo The Guardian, governo trocou informações "confidenciais" durante reuniões "secretas" organizadas a partir de 2005

CPI da Espionagem ouve o jornalista Glenn Greenwald sobre as denúncias de espionagem ao Brasil (Elza Fiuza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 23h19.

Montreal - O governo canadense trocou informações "confidenciais" com empresas do setor energético durante reuniões "secretas" organizadas a partir de 2005 e das quais também participaram organismos de inteligência, informou nesta quarta-feira o jornal britânico The Guardian.

Essas revelações são feitas em um momento de relações tensas entre Brasília e Ottawa depois que a Rede Globo revelou no domingo casos de espionagem do Canadá nas comunicações do Ministério das Minas e Energia , um setor no qual empresas canadenses têm grandes interesses no Brasil.

As reuniões entre o governo, as agências de inteligência e as empresas convidadas (duas por ano) têm o objetivo de abordar as "ameaças" à infraestrutura energéticas, os "desafios aos projetos energéticos apresentados pelos grupos ambientalistas", "a cibersegurança" e "a espionagem econômica", indica The Guardian, que cita documentos obtidos graças à lei de acesso à informação.

Segundo um alto funcionário do Ministério dos Recursos Naturais, citado pelo documento, esses encontros permitem desenvolver "a confiança mútua" entre as partes, o que ajuda a trocar informações "confidenciais".

A última reunião, em maio de 2013, foi dedicada à "segurança do desenvolvimento energético" e as refeições foram pagas pela operadora de oleodutos Enbridge, que tem um projetos de investimento que sofre forte oposição no Quebec.

Legislador por Calgary, capital da indústria petroleira canadense, o primeiro-ministro conservador Stephen Harper, no poder desde 2006, é um fervoroso defensor da exploração dos recursos naturais de seu país. Seu governo, que não ratificou o Protocolo de Kioto (que regula as emissões de gases do efeito estufa), pede com insistência que Washington autorize a construção de um oleoduto entre Canadá e Estados Unidos.

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Essas revelações são feitas em um momento de relações tensas entre Brasília e Ottawa depois que a Rede Globo revelou no domingo casos de espionagem do Canadá nas comunicações do Ministério das Minas e Energia , um setor no qual empresas canadenses têm grandes interesses no Brasil.

As reuniões entre o governo, as agências de inteligência e as empresas convidadas (duas por ano) têm o objetivo de abordar as "ameaças" à infraestrutura energéticas, os "desafios aos projetos energéticos apresentados pelos grupos ambientalistas", "a cibersegurança" e "a espionagem econômica", indica The Guardian, que cita documentos obtidos graças à lei de acesso à informação.

Segundo um alto funcionário do Ministério dos Recursos Naturais, citado pelo documento, esses encontros permitem desenvolver "a confiança mútua" entre as partes, o que ajuda a trocar informações "confidenciais".

A última reunião, em maio de 2013, foi dedicada à "segurança do desenvolvimento energético" e as refeições foram pagas pela operadora de oleodutos Enbridge, que tem um projetos de investimento que sofre forte oposição no Quebec.

Legislador por Calgary, capital da indústria petroleira canadense, o primeiro-ministro conservador Stephen Harper, no poder desde 2006, é um fervoroso defensor da exploração dos recursos naturais de seu país. Seu governo, que não ratificou o Protocolo de Kioto (que regula as emissões de gases do efeito estufa), pede com insistência que Washington autorize a construção de um oleoduto entre Canadá e Estados Unidos.

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