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Campello rebate oposição sobre reajuste do Bolsa Família

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, disse que os questionamentos levantados pela oposição são "eleitoreiros"

Tereza Campello: segundo a ministra, o cálculo para o benefício seguiu parâmetros já adotados em outras ocasiões (Elza Fiúsa/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 15h22.

Brasília - A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, rebateu nesta sexta-feira as críticas ao reajuste de 10% do Bolsa Família , anunciado pela presidente Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e televisão, e disse que os questionamentos levantados pela oposição são "eleitoreiros".

Sem citar nomes, ela se referiu a declarações do pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), que ontem disse que a presidente "mente" à população ao dizer que a correção do benefício permite que a remuneração chegue a um "patamar mínimo estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas)".

O PSDB, partido presidido por Aécio, divulgou nota no mesmo sentido, argumentando que a linha da extrema pobreza estabelecida pela ONU é de US$ 1,25 per capita dia, o equivalente a R$ 83 (e não os R$ 77 estabelecidos pela correção concedida por Dilma).

Em coletiva no Palácio do Planalto, a ministra contra-atacou num tom duro e disse que, ao fazer esse tipo questionamento, a oposição está sendo "eleitoreira".

"Por que vão questionar agora? Esse questionamento é eleitoreiro. É leviano acharem que as políticas públicas brasileiras possam variar segundo o dólar. Tem que saber fazer a conta".

Segundo a ministra, o cálculo para o benefício seguiu parâmetros já adotados em outras ocasiões - paridade poder de compra - e as famílias atendidas pelo Bolsa Família tiveram ganhos acima da inflação no governo Dilma Rousseff.

"Dá mais de 40% de reajuste real (acima da inflação) no valor médio recebido pelas famílias nesses três anos e meio", afirmou.

Ela ainda alfinetou a oposição argumentando que diversos reajustes foram concedidos durante o governo Dilma e que a "novidade" é que hoje as pessoas "estão preocupadas com o Bolsa Família como não estavam em 2011".

"Agora isso parece surpreender, mas estamos num ritual normal, previsto e previsível".

Reajuste

Na noite de 30 de abril, em seu pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão pelo Dia do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff anunciou o reajuste de 10% para os 36 milhões beneficiários do Bolsa Família, além da correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em 2015.

Com o decreto publicado hoje pelo reajuste, os 36 milhões de brasileiros atendidos pelo principal programa de distribuição de renda do governo federal passarão a receber 10% a mais.

De acordo com Tereza Campello, o valor médio repassado subirá para R$ 167. Já o parâmetro que define a linha de extrema pobreza passará de R$ 70 para R$ 77, entrando em vigor a partir de 1º de junho.

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Brasília - A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, rebateu nesta sexta-feira as críticas ao reajuste de 10% do Bolsa Família , anunciado pela presidente Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e televisão, e disse que os questionamentos levantados pela oposição são "eleitoreiros".

Sem citar nomes, ela se referiu a declarações do pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), que ontem disse que a presidente "mente" à população ao dizer que a correção do benefício permite que a remuneração chegue a um "patamar mínimo estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas)".

O PSDB, partido presidido por Aécio, divulgou nota no mesmo sentido, argumentando que a linha da extrema pobreza estabelecida pela ONU é de US$ 1,25 per capita dia, o equivalente a R$ 83 (e não os R$ 77 estabelecidos pela correção concedida por Dilma).

Em coletiva no Palácio do Planalto, a ministra contra-atacou num tom duro e disse que, ao fazer esse tipo questionamento, a oposição está sendo "eleitoreira".

"Por que vão questionar agora? Esse questionamento é eleitoreiro. É leviano acharem que as políticas públicas brasileiras possam variar segundo o dólar. Tem que saber fazer a conta".

Segundo a ministra, o cálculo para o benefício seguiu parâmetros já adotados em outras ocasiões - paridade poder de compra - e as famílias atendidas pelo Bolsa Família tiveram ganhos acima da inflação no governo Dilma Rousseff.

"Dá mais de 40% de reajuste real (acima da inflação) no valor médio recebido pelas famílias nesses três anos e meio", afirmou.

Ela ainda alfinetou a oposição argumentando que diversos reajustes foram concedidos durante o governo Dilma e que a "novidade" é que hoje as pessoas "estão preocupadas com o Bolsa Família como não estavam em 2011".

"Agora isso parece surpreender, mas estamos num ritual normal, previsto e previsível".

Reajuste

Na noite de 30 de abril, em seu pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão pelo Dia do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff anunciou o reajuste de 10% para os 36 milhões beneficiários do Bolsa Família, além da correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em 2015.

Com o decreto publicado hoje pelo reajuste, os 36 milhões de brasileiros atendidos pelo principal programa de distribuição de renda do governo federal passarão a receber 10% a mais.

De acordo com Tereza Campello, o valor médio repassado subirá para R$ 167. Já o parâmetro que define a linha de extrema pobreza passará de R$ 70 para R$ 77, entrando em vigor a partir de 1º de junho.

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