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Câmara de São Paulo decide aprovar homenagem à Rota

Em sessão com troca de agressões, Câmara aprovou a concessão de "Salva de Prata" para as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar

Batalhão da Rota em São Paulo: sessão da Câmara de São Paulo que homenageou o batalhão foi bastante tumultuada (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 22h12.

São Paulo - Em sessão com cinco manifestantes expulsos do plenário e troca de agressões entre ativistas e policiais militares (PMs), a Câmara de São Paulo aprovou nesta terça-feira, 3, por volta das 17 horas, a concessão de "Salva de Prata" para as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da corporação. Na quarta tentativa de votação em três semanas, a homenagem proposta pelo Coronel Telhada (PSDB) conseguiu 37 votos favoráveis e 15 contrários.

Houve protestos nas galerias de ativistas em Direitos Humanos e comemoração de um grupo de 46 PMs, coronéis aposentados e familiares de policiais. Os vereadores foram chamados de "fascistas" em coro por um grupo de cerca de 80 pessoas. Na segunda-feira, 2, um dia antes da votação, Telhada convocou policiais da corporação a irem ao Palácio Anchieta pressionar os parlamentares pela aprovação da homenagem.

Durante as discussões da proposta, o presidente José Américo (PT) chegou a expulsar dois manifestantes das galerias do plenário após Telhada ser xingado enquanto fazia pronunciamento a favor da homenagem. Américo chamou a atenção dos manifestantes contrários ao projeto a favor da Rota por diversas vezes.

Acusada por líderes de organizações não governamentais (ONGs) que atuam em defesa dos Direitos Humanos de tortura e pelas mortes de centenas de inocentes nas periferias paulistanas, a Rota agora será homenageada com sessão solene e coquetel no Legislativo. Nas outras três tentativas, o projeto ficou pendente de votação, o que levou a bancada do PSDB a obstruir a análise de qualquer outro projeto.

"Não podemos transformar a Câmara em quartel", disparou Reis (PT), ex-PM, contra a proposta. "Não podemos fazer isso de jeito nenhum", emendou Orlando Silva, do PCdoB. "É um projeto ideológico, que vai homenagear a Rota, que mata a juventude negra nas periferias", bradou a petista Juliana Cardoso.

Mas a "bancada da bala" encontrou solidariedade nas bancadas do PTB, PV, PMDB, PP e PSD. "A Rota é formada por heróis e merece esse prêmio", afirmou Conte Lopes (PTB). A bancada do PT, com 11 vereadores, votou contra após pedido de verificação nominal feita pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL).

"A rua vai cobrar", gritam os manifestantes no plenário do Palácio Anchieta. Logo após a aprovação da homenagem à Rota, a "bancada da bala", formada por Telhada, Conte Lopes e Coronel Camilo, também tentou votar projeto de lei que concede "Medalha Anchieta" ao ex-tenente do Batalhão de Choque Dimas Mecca, um policiais denunciados pelo Ministério Público Estadual por participação na Operação Castelinho, ação da PM que resultou na morte de 12 suspeitos de integrarem o PCC em 2002, em Sorocaba, no interior paulista. O projeto, porém, acabou pendente de votação ao ter 15 votos contrários e 12 favoráveis.

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São Paulo - Em sessão com cinco manifestantes expulsos do plenário e troca de agressões entre ativistas e policiais militares (PMs), a Câmara de São Paulo aprovou nesta terça-feira, 3, por volta das 17 horas, a concessão de "Salva de Prata" para as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da corporação. Na quarta tentativa de votação em três semanas, a homenagem proposta pelo Coronel Telhada (PSDB) conseguiu 37 votos favoráveis e 15 contrários.

Houve protestos nas galerias de ativistas em Direitos Humanos e comemoração de um grupo de 46 PMs, coronéis aposentados e familiares de policiais. Os vereadores foram chamados de "fascistas" em coro por um grupo de cerca de 80 pessoas. Na segunda-feira, 2, um dia antes da votação, Telhada convocou policiais da corporação a irem ao Palácio Anchieta pressionar os parlamentares pela aprovação da homenagem.

Durante as discussões da proposta, o presidente José Américo (PT) chegou a expulsar dois manifestantes das galerias do plenário após Telhada ser xingado enquanto fazia pronunciamento a favor da homenagem. Américo chamou a atenção dos manifestantes contrários ao projeto a favor da Rota por diversas vezes.

Acusada por líderes de organizações não governamentais (ONGs) que atuam em defesa dos Direitos Humanos de tortura e pelas mortes de centenas de inocentes nas periferias paulistanas, a Rota agora será homenageada com sessão solene e coquetel no Legislativo. Nas outras três tentativas, o projeto ficou pendente de votação, o que levou a bancada do PSDB a obstruir a análise de qualquer outro projeto.

"Não podemos transformar a Câmara em quartel", disparou Reis (PT), ex-PM, contra a proposta. "Não podemos fazer isso de jeito nenhum", emendou Orlando Silva, do PCdoB. "É um projeto ideológico, que vai homenagear a Rota, que mata a juventude negra nas periferias", bradou a petista Juliana Cardoso.

Mas a "bancada da bala" encontrou solidariedade nas bancadas do PTB, PV, PMDB, PP e PSD. "A Rota é formada por heróis e merece esse prêmio", afirmou Conte Lopes (PTB). A bancada do PT, com 11 vereadores, votou contra após pedido de verificação nominal feita pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL).

"A rua vai cobrar", gritam os manifestantes no plenário do Palácio Anchieta. Logo após a aprovação da homenagem à Rota, a "bancada da bala", formada por Telhada, Conte Lopes e Coronel Camilo, também tentou votar projeto de lei que concede "Medalha Anchieta" ao ex-tenente do Batalhão de Choque Dimas Mecca, um policiais denunciados pelo Ministério Público Estadual por participação na Operação Castelinho, ação da PM que resultou na morte de 12 suspeitos de integrarem o PCC em 2002, em Sorocaba, no interior paulista. O projeto, porém, acabou pendente de votação ao ter 15 votos contrários e 12 favoráveis.

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