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Câmara avalia vacina da Pfizer. E governo agora quer 70 milhões de doses

Ministério da Saúde informou na noite de segunda-feira, 7, que negocia a compra de 70 milhões de doses da Pfizer, após um dia de pressões sobre o governo

Vacina contra covid-19 da Pfizer. (Dado Ruvic/Reuters)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 8 de dezembro de 2020 às 09h44.

A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações contra a covid-19 tem uma reunião técnica na tarde desta terça-feira, 8, para avaliar a possível compra da vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech, para o Plano Nacional de Vacinação contra o coronavírus.

Além dos parlamentares, participam da reunião o Ministério da Saúde e o presidente do laboratório no Brasil, Carlos Murilo. O encontro é mais um capítulo no cabo de guerra que se transformou a corrida pela vacina contra a covid-19 no país.

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Após um dia de pressões, o Ministério da Saúde informou na noite de segunda-feira, 7, que está negociando com a Pfizer e a BioNtech a compra de 70 milhões de doses para o Brasil, depois de indicar que o imunizante não estaria nos planos do governo federal.

Na semana passada, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse em entrevista coletiva que o governo federal vai priorizar vacinas que possam ser armazenada por longos período em temperaturas que variem entre 2 e 8 graus C. “Toda a nossa rede de frios é montada e estabelecida nesta variação”, afirmou. Este critério exclui automaticamente a vacina da Pfizer, que precisa ser armazenada em temperaturas muito baixas, de cerca de -70ºC.

O anúncio do Ministério da Saúde em relação ao imunizante da Pfizer aconteceu também após o governador de São Paulo, João Doria, detalhar na segunda-feira o plano de vacinação com a Coronav, vacina do Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, que deve começar no dia 25 de janeiro.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também se pronunciou sobre o assunto na segunda-feira, dizendo que o Legislativo poderá definir um plano de vacinação contra a covid-19 com ou sem a participação do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Na America Latina, a Pfizer já negociou 54,3 milhões de doses com Peru, México e Chile. Estudos finais da fase de testes, publicados em novembro, mostraram que a vacina é 95% eficaz.

Por enquanto, o Brasil tem duas apostas, a vacina do laboratório AstraZeneca, desenvolvido com a Universidade de Oxford, e do consórcio global Covax Facility, que vai dar acesso a uma gama de dez imunizantes em potencial.

O Reino Unido é o primeiro país ocidental a vacinar a população contra o coronavírus. E vai usar justamente a vacina da Pfizer, aprovada de forma emergencial. A imunização começa nesta terça-feira, 8, com os idoso acima de 75 anos.

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