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Burns mostra 'otimismo' diante das relações com Dilma

Subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos EUA afirma que presidente eleita é "bem comprometida com os sucessos do país"

Obama quer visita oficial de Dilma à Casa Branca quando a presidente tomar posse (Wilson Dias/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2010 às 10h06.

Brasília - O subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, William Burns, declarou estar "otimista" com as relações entre seu país e o Brasil durante o mandato da presidente eleita, Dilma Rousseff.

"Ela é bem comprometida com os sucessos do país, estou otimista", afirmou o diplomata americano em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo", na qual reiterou que o presidente dos EUA, Barack Obama, convidou Dilma a visitá-lo na Casa Branca após a posse.

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Burns esteve nesta segunda-feira em Brasília, a última escala de uma viagem que o levou previamente ao Chile e à Argentina, três países que o Departamento de Estado considera "parceiros regionais fundamentais".

O subsecretário disse que nas reuniões que teve na capital brasileira percebeu o "interesse" do próximo Governo em manter e aprofundar as relações com os Estados Unidos.

"Nós nunca iremos concordar em tudo, mas sabemos que o melhor é trabalharmos juntos. Vocês têm muito para se orgulhar. A ascensão do Brasil é um sucesso nosso também, porque mostra ao mundo que a democracia dá certo", declarou Burns à "Folha".

Durante sua breve estadia em Brasília, Burns se reuniu com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que já confirmou que permanecerá no cargo no Governo de Dilma Rousseff.

Segundo fontes oficiais disseram à Agência Efe, Burns reiterou a Jobim o interesse americano pela licitação convocada pelo Brasil para a compra de 36 caças-bombardeiros.

Na disputa, os aviões de combate Super Hornet F/A-18 da americana Boeing concorrem com os Gripen NG, da sueca Saab AB, e com os Rafale, da empresa francesa Dassault, que até agora são considerados favoritos.

As ofertas das três empresas já foram analisadas pelo Ministério da Defesa e a decisão final está nas mãos de Lula, que já insinuou que pode transferir o assunto para Dilma.

Segundo as fontes consultadas pela Efe, Burns insistiu para Jobim no "interesse dos Estados Unidos" nesse negócio e no caráter de fornecedor "confiável" e "parceiro regional" de seu país.

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