Exame Logo

Bretas põe ex-secretário de Paes em prisão domiciliar

Acusado de envolvimento em esquema de corrupção na construção do BRT Transbrasil e em obras da bacia de Jacarepaguá, Alexandre Pinto é réu em 4 ações

Bretas determinou a prisão domiciliar e proibiu que Alexandre Pinto mantenha contato investigados (Leo Martins/Agência O Globo)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de julho de 2018 às 20h03.

Rio - Preso desde 23 de janeiro, o ex-secretário municipal de Obras do Rio de Janeiro Alexandre Pinto teve sua prisão preventiva revogada pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. A partir de agora, porém, ele terá que cumprir prisão domiciliar. A decisão foi tomada na última quinta-feira, 26, mas divulgada apenas nesta segunda-feira, 30.

Acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na construção do BRT Transbrasil (corredor expresso que liga o centro do Rio ao bairro de Deodoro, na zona oeste) e em obras da bacia de Jacarepaguá (também na zona oeste), Alexandre Pinto é réu em quatro ações penais que tramitam na 7ª Vara Federal. Ele foi secretário durante a gestão do prefeito Eduardo Paes, que à época integrava o MDB e hoje é filiado ao DEM.

Veja também

O pedido de revogação da prisão foi apresentado pela defesa de Pinto e aceita por Bretas. O juiz considerou que o ex-secretário "tem manifestado interesse de colaborar e esclarecer os fatos criminosos nos processos a que responde" e que "nos interrogatórios buscou explicar os delitos imputados a ele, e eventualmente confessando a prática de crimes, o que representa uma atitude de cooperação da defesa perante o Juízo". Bretas continua: Pinto "vem adotando comportamentos que demonstram a intenção em contribuir com a investigação criminal, pelo que fica afastada a necessidade da cautelar de prisão".

O juiz considerou ainda que as quatro ações já estão em fase processual avançada, o que dificulta uma eventual interferência do ex-secretário.

Bretas determinou a prisão domiciliar e proibiu que Alexandre Pinto mantenha contato com outros investigados nas ações a que responde. Ele também precisa apresentar seu passaporte à Justiça Federal.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoJustiçaRio de Janeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame