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Brasileiros são a maior colônia de estrangeiros em Portugal

O relatório, no entanto, assinala que a população estrangeira foi fundamental para que Portugal tivesse crescimento demográfico nos últimos dez anos

Lisboa, em Portugal: Não há estatística oficial sobre a saída de estrangeiros de Portugal, mas a imprensa de Lisboa usa como estimativa o número de 80 mil  (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 12h03.

Lisboa – Os brasileiros formam a maior colônia de estrangeiros residentes em Portugal . De acordo com o Censo 2011 (resultados definitivos), há 109,7 mil brasileiros (o que equivale a 28% dos 394,4 mil imigrantes). Depois do Brasil, o maior número de estrangeiros residentes em Portugal vem de Cabo Verde (10%), Ucrânia (9%) e Angola (7%).

Responsável pelo Censo 2011, o Instituto Nacional de Estatística (INE), órgão equivalente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou poucos dados sobre o perfil socioeconômico dos imigrantes. O relatório, no entanto, assinala que a população estrangeira (principalmente a brasileira) foi fundamental para que Portugal tivesse crescimento demográfico nos últimos dez anos.

De 2001 a 2011, a população portuguesa cresceu em torno de 200 mil pessoas (atingindo mais de 10,5 milhões de pessoas). No mesmo período, o total de brasileiros passou de 31.869 para 109.767.

Além do peso demográfico, a população estrangeira se destaca por ser mais jovem que a população portuguesa residente e, portanto, encontra-se em plena atividade produtiva. Segundo o censo, 82% dos estrangeiros são adultos em idade ativa contra 66% dos portugueses. De cada dez portugueses, dois têm mais de 65 anos (há 128 idosos para cada grupo de 100 jovens de até 25 anos). O contingente populacional idoso é dependente das políticas de proteção social que estão sendo reduzidas por causa da contenção de despesas públicas.


Apesar de os números terem sido levantados em março de 2011, é possível que os dados já estejam desatualizados por causa da crise econômica. Dois meses depois da realização do censo, Portugal recorreu a empréstimos externos e teve que implantar medidas de austeridade fiscal, que resultaram em aumento de desemprego (hoje em torno de 16% da população economicamente ativa).

Não há estatística oficial sobre a saída de estrangeiros de Portugal, mas a imprensa de Lisboa usa como estimativa o número de 80 mil pessoas deixando o país este ano. O montante inclui brasileiros e outros imigrantes que voltam às suas origens buscando melhores oportunidades de trabalho (Brasil e Angola, por exemplo, vivem melhor momento econômico que Portugal).

Segundo o INE, mais da metade da população de Portugal não trabalha (a taxa de atividade é de 48%). A maioria da população lusitana é formada por mulheres (52,2%) - como ocorre no Brasil - e está concentrada em 33 municípios, geralmente próximos ao litoral – em especial, nas regiões metropolitanas de Lisboa e do Porto (as principais cidades do país).

Na comparação com o Brasil, Portugal tem um perfil educacional mais qualificado. De acordo com o censo, mais da metade dos portugueses concluiu nove anos de estudos (equivalente ao ensino fundamental no Brasil); 31% completaram o ensino médio e 15% têm curso superior.

No Brasil, segundo o IBGE (Censo 2010), o percentual de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto chega a 50,2%. Cerca de 7,9% da população brasileira tem curso superior completo.

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Lisboa – Os brasileiros formam a maior colônia de estrangeiros residentes em Portugal . De acordo com o Censo 2011 (resultados definitivos), há 109,7 mil brasileiros (o que equivale a 28% dos 394,4 mil imigrantes). Depois do Brasil, o maior número de estrangeiros residentes em Portugal vem de Cabo Verde (10%), Ucrânia (9%) e Angola (7%).

Responsável pelo Censo 2011, o Instituto Nacional de Estatística (INE), órgão equivalente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou poucos dados sobre o perfil socioeconômico dos imigrantes. O relatório, no entanto, assinala que a população estrangeira (principalmente a brasileira) foi fundamental para que Portugal tivesse crescimento demográfico nos últimos dez anos.

De 2001 a 2011, a população portuguesa cresceu em torno de 200 mil pessoas (atingindo mais de 10,5 milhões de pessoas). No mesmo período, o total de brasileiros passou de 31.869 para 109.767.

Além do peso demográfico, a população estrangeira se destaca por ser mais jovem que a população portuguesa residente e, portanto, encontra-se em plena atividade produtiva. Segundo o censo, 82% dos estrangeiros são adultos em idade ativa contra 66% dos portugueses. De cada dez portugueses, dois têm mais de 65 anos (há 128 idosos para cada grupo de 100 jovens de até 25 anos). O contingente populacional idoso é dependente das políticas de proteção social que estão sendo reduzidas por causa da contenção de despesas públicas.


Apesar de os números terem sido levantados em março de 2011, é possível que os dados já estejam desatualizados por causa da crise econômica. Dois meses depois da realização do censo, Portugal recorreu a empréstimos externos e teve que implantar medidas de austeridade fiscal, que resultaram em aumento de desemprego (hoje em torno de 16% da população economicamente ativa).

Não há estatística oficial sobre a saída de estrangeiros de Portugal, mas a imprensa de Lisboa usa como estimativa o número de 80 mil pessoas deixando o país este ano. O montante inclui brasileiros e outros imigrantes que voltam às suas origens buscando melhores oportunidades de trabalho (Brasil e Angola, por exemplo, vivem melhor momento econômico que Portugal).

Segundo o INE, mais da metade da população de Portugal não trabalha (a taxa de atividade é de 48%). A maioria da população lusitana é formada por mulheres (52,2%) - como ocorre no Brasil - e está concentrada em 33 municípios, geralmente próximos ao litoral – em especial, nas regiões metropolitanas de Lisboa e do Porto (as principais cidades do país).

Na comparação com o Brasil, Portugal tem um perfil educacional mais qualificado. De acordo com o censo, mais da metade dos portugueses concluiu nove anos de estudos (equivalente ao ensino fundamental no Brasil); 31% completaram o ensino médio e 15% têm curso superior.

No Brasil, segundo o IBGE (Censo 2010), o percentual de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto chega a 50,2%. Cerca de 7,9% da população brasileira tem curso superior completo.

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