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Brasileiro demonstra alívio ao chegar da Líbia

Funcionário da Queiroz Galvão saiu do país na sexta-feira, de navio, e chegou na noite de segunda em São Paulo

Muammar Kadafi, governante líbio: brasileiro trabalhava há anos na África (Gianluigi Guercia/AFP)

Muammar Kadafi, governante líbio: brasileiro trabalhava há anos na África (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 14h04.

São Paulo – Depois de 11 dias de espera, desembarcou no final da noite de ontem (28) na capital paulista mais um brasileiro que trabalhava na Líbia. Celso Martins Beraldi, encarregado de obras da empreiteira Queiroz Galvão, chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, por volta das 24 horas, onde era aguardado pela mulher e pela filha.

Beraldi é um dos integrantes do grupo de brasileiros que deixou a Líbia, de navio, na última sexta-feira (26). De lá, eles seguiram para a Grécia, onde tomaram um avião para voltar ao Brasil. Cansado após três dias de viagem, com escalas em Portugal e Recife, ele disse estar aliviado.

“É uma sensação muito boa, muito agradável”, afirmou Beraldi, logo após reencontrar sua família. “Foram dias e mais dias de espera. Diziam que a gente ia chegar, que íamos embarcar, mas a gente não conseguia. Foi [um período] difícil.”

Beraldi contou que não se sentiu ameaçado durante os protestos contra o governo do presidente Muammar Kadafi. Mesmo assim, disse que viu cenas que ficarão na memória. “Havia tanques, entre 30 e 40 pessoas andando em cima dos tanques, rajada de metralhadora para todo lado”, disse.

Emocionada, a mulher dele, Roselaine Beraldi, não soube descrever seus sentimentos ao rever o marido depois de dias de preocupação. “Desde sexta-feira a gente não se falava”, lembrou ela. “Foi uma alívio. Nem sei o que dizer. Não caiu a ficha ainda.”

Roselaine disse que Beraldi ainda não falou sobre tudo o que passou na Líbia para preservar a família. Ele trabalha há anos na África e não descarta voltar à Líbia no futuro. “Se precisar a gente volta. É só acalmarem as coisas por lá, a gente volta, junta os cacos e termina a obra”, afirmou.

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