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Brasil está disposto a apoiar Venezuela, caso seja convidado

O assessor brasileiro da Presidência da República disse que conversou durante cerca de 40 minutos com o presidente Nicolás Maduro

Nicolás Maduro: diplomata brasileiro referendou declarações de Maduro quanto a um "exagero" na divulgação das informações por parte da imprensa estrangeira (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 21h22.

Caracas - Caso seja convidado, o Brasil estaria disposto a apoiar o governo venezuelano na solução da situação interna, vivida há três semanas com a onda diária de protestos , informou hoje (6) o diplomata brasileiro, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Depois de encontro com o presidente Nicolás Maduro, nas celebrações de um ano da morte de Hugo Chávez, em Caracas, Garcia disse à Agência Brasil que teve boa conversa com o presidente venezuelano, e Maduro acredita, segundo ele, que "a situação tende a se estabilizar, e já está muito mais calma que nos dias anteriores. Além disso, ele estuda a viabilidade de uma reunião com a Unasul [União das Nações Sul-Americanas] para conversar sobre a situação".

O assessor brasileiro da Presidência da República disse que conversou durante cerca de 40 minutos com o presidente Maduro, e destacou que encontrou o chefe de Estado venezuelano tranquilo, com a percepção de que os protestos já diminuíram no país, e ocorrem em regiões específicas, com menor intensidade que no início das manifestações, há três semanas.

Garcia também referendou as declarações de Maduro quanto a um "exagero" na divulgação das informações, por parte da imprensa estrangeira.

"Já estive aqui em outros momentos, como em 2002, e vejo que na época a crise era muito mais grave que agora, mas a dimensão dada neste momento, especialmente pelos veículos de comunicação internacionais, passa uma imagem de algo maior do que realmente é", opinou.

Ele disse que conversou também com diplomatas brasileiros e de outros países, que vivem em Caracas, que têm também a sensação de que existe uma "valorização midiática" dos protestos. "O país não parou, as coisas estão funcionando, apesar dos problemas e protestos", disse.

Segundo o assessor, o presidente Maduro começará uma contraofensiva e conversará com meios de comunicação estrangeiros, como a CNN e outras agências internacionais, para "aclarar os fatos".

Quanto aos protestos, a Conferência Nacional de Paz, convocada por Maduro, conta com apoio da Igreja Católica, que está dialogando com as bases do movimento estudantil. "Também há alguns setores da oposição que estão conversando com o governo", afirmou.

Garcia contou que soube hoje de outra medida de possível adoção pela Assembleia Nacional, que "seria a convocação de uma comissão observadora da Unasul para vir ao país". Ele afirmou que o presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, pretende convocar a Unasul.

"Aliás, a única instância que o governo Maduro já anunciou aceitar, caso seja necessária uma mediação", destacou.

Garcia disse que deixava a Venezuela otimista: "Na verdade, estamos sempre atentos com o que acontece aqui, e não porque estávamos preocupados, mas levo uma visão mais clara do que está acontecendo".

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Caracas - Caso seja convidado, o Brasil estaria disposto a apoiar o governo venezuelano na solução da situação interna, vivida há três semanas com a onda diária de protestos , informou hoje (6) o diplomata brasileiro, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Depois de encontro com o presidente Nicolás Maduro, nas celebrações de um ano da morte de Hugo Chávez, em Caracas, Garcia disse à Agência Brasil que teve boa conversa com o presidente venezuelano, e Maduro acredita, segundo ele, que "a situação tende a se estabilizar, e já está muito mais calma que nos dias anteriores. Além disso, ele estuda a viabilidade de uma reunião com a Unasul [União das Nações Sul-Americanas] para conversar sobre a situação".

O assessor brasileiro da Presidência da República disse que conversou durante cerca de 40 minutos com o presidente Maduro, e destacou que encontrou o chefe de Estado venezuelano tranquilo, com a percepção de que os protestos já diminuíram no país, e ocorrem em regiões específicas, com menor intensidade que no início das manifestações, há três semanas.

Garcia também referendou as declarações de Maduro quanto a um "exagero" na divulgação das informações, por parte da imprensa estrangeira.

"Já estive aqui em outros momentos, como em 2002, e vejo que na época a crise era muito mais grave que agora, mas a dimensão dada neste momento, especialmente pelos veículos de comunicação internacionais, passa uma imagem de algo maior do que realmente é", opinou.

Ele disse que conversou também com diplomatas brasileiros e de outros países, que vivem em Caracas, que têm também a sensação de que existe uma "valorização midiática" dos protestos. "O país não parou, as coisas estão funcionando, apesar dos problemas e protestos", disse.

Segundo o assessor, o presidente Maduro começará uma contraofensiva e conversará com meios de comunicação estrangeiros, como a CNN e outras agências internacionais, para "aclarar os fatos".

Quanto aos protestos, a Conferência Nacional de Paz, convocada por Maduro, conta com apoio da Igreja Católica, que está dialogando com as bases do movimento estudantil. "Também há alguns setores da oposição que estão conversando com o governo", afirmou.

Garcia contou que soube hoje de outra medida de possível adoção pela Assembleia Nacional, que "seria a convocação de uma comissão observadora da Unasul para vir ao país". Ele afirmou que o presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, pretende convocar a Unasul.

"Aliás, a única instância que o governo Maduro já anunciou aceitar, caso seja necessária uma mediação", destacou.

Garcia disse que deixava a Venezuela otimista: "Na verdade, estamos sempre atentos com o que acontece aqui, e não porque estávamos preocupados, mas levo uma visão mais clara do que está acontecendo".

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