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Brasil e Espanha tentam dirigir a FAO pela primeira vez

Políticos espanhol e brasileiro são os favoritos para suceder Jacques Diouf no cargo

José Graziano da Silva, ex-ministro do governo Lula, é candidato ao comando da FAO (Divulgação/Radiobras)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 18h33.

Pela primeira vez desde a sua criação em 1945, o Brasil, com José Graziano da Silva, e a Espanha, com o ex-ministro de Assuntos Exteriores, Miguel Angel Moratinos, disputam a presidência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que terá a sua eleição no próximo domingo em Roma.

O político espanhol e o brasileiro, ex-coordenador do "Fome Zero", estão entre os grandes favoritos para suceder o senegalês Jacques Diouf, que ocupa o cargo de diretor geral da FAO há 17 anos.

O futuro diretor geral terá que enfrentar um dos maiores desafios da Humanidade em sua tentativa de aumentar a produção de alimentos sem degradar o meio ambiente, com o objetivo de alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050.

No total, seis candidatos -os outros são Franz Fischler (Áustria), Indroyono Soesilo (Indonésia), Mohammad Saeid Noori Naeini (Irã), Abdul Latif Rashid (Iraque)- apresentaram em abril, na sede central da entidade, seus programas de trabalho aos ministros e representantes dos 191 países membros.

"Precisamos de uma FAO forte e efetiva", disse Graziano, assegurando que durante os 42 meses de sua eventual gestão concluirá a reforma da instituição, que ele conhece a fundo por ter sido representante regional desde 2006 e vice-diretor geral.

Durante sua permanência na FAO, Graziano conseguiu também que os países de América Latina e Caribe fossem os primeiros em nível mundial a assumir o compromisso de erradicar a fome antes de 2025.

No entanto, no último mês, o candidato brasileiro, que conta com o apoio de boa parte dos países latino-americanos, perdeu o do México, que dará seu voto a Moratinos.

"Neste momento, a FAO deve se tornar um instrumento político e Moratinos tem o perfil para isso", explicou à AFP o embaixador mexicano na entidade das Nações Unidas, Jorge Chen.

Moratinos prometeu "reduzir em 50% até 2015 o número de pessoas com fome no mundo", que, segundo a FAO, chega a 925 milhões de desnutridos.

Enquanto o candidato espanhol é um político experiente, que conduziu uma verdadeira campanha eleitoral realizando uma turnê mundial, o brasileiro é um técnico, com uma notável formação acadêmica.

A eleição do novo diretor geral, que permanecerá no cargo até 2015, será realizada durante a 37ª Sessão da Conferência da FAO, que começará no dia 25 de junho e será concluída em 2 de julho.

Para vencer esta eleição com voto secreto, é necessário ter o apoio de cerca de 90 países. Nesse processo, os 52 países africanos têm um peso decisivo.

Durante a conferência, será declarado em uma cerimônia solene que o mundo está livre da peste bovina, doença que assolou criadores de gado em todo o mundo durante anos.

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Pela primeira vez desde a sua criação em 1945, o Brasil, com José Graziano da Silva, e a Espanha, com o ex-ministro de Assuntos Exteriores, Miguel Angel Moratinos, disputam a presidência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que terá a sua eleição no próximo domingo em Roma.

O político espanhol e o brasileiro, ex-coordenador do "Fome Zero", estão entre os grandes favoritos para suceder o senegalês Jacques Diouf, que ocupa o cargo de diretor geral da FAO há 17 anos.

O futuro diretor geral terá que enfrentar um dos maiores desafios da Humanidade em sua tentativa de aumentar a produção de alimentos sem degradar o meio ambiente, com o objetivo de alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050.

No total, seis candidatos -os outros são Franz Fischler (Áustria), Indroyono Soesilo (Indonésia), Mohammad Saeid Noori Naeini (Irã), Abdul Latif Rashid (Iraque)- apresentaram em abril, na sede central da entidade, seus programas de trabalho aos ministros e representantes dos 191 países membros.

"Precisamos de uma FAO forte e efetiva", disse Graziano, assegurando que durante os 42 meses de sua eventual gestão concluirá a reforma da instituição, que ele conhece a fundo por ter sido representante regional desde 2006 e vice-diretor geral.

Durante sua permanência na FAO, Graziano conseguiu também que os países de América Latina e Caribe fossem os primeiros em nível mundial a assumir o compromisso de erradicar a fome antes de 2025.

No entanto, no último mês, o candidato brasileiro, que conta com o apoio de boa parte dos países latino-americanos, perdeu o do México, que dará seu voto a Moratinos.

"Neste momento, a FAO deve se tornar um instrumento político e Moratinos tem o perfil para isso", explicou à AFP o embaixador mexicano na entidade das Nações Unidas, Jorge Chen.

Moratinos prometeu "reduzir em 50% até 2015 o número de pessoas com fome no mundo", que, segundo a FAO, chega a 925 milhões de desnutridos.

Enquanto o candidato espanhol é um político experiente, que conduziu uma verdadeira campanha eleitoral realizando uma turnê mundial, o brasileiro é um técnico, com uma notável formação acadêmica.

A eleição do novo diretor geral, que permanecerá no cargo até 2015, será realizada durante a 37ª Sessão da Conferência da FAO, que começará no dia 25 de junho e será concluída em 2 de julho.

Para vencer esta eleição com voto secreto, é necessário ter o apoio de cerca de 90 países. Nesse processo, os 52 países africanos têm um peso decisivo.

Durante a conferência, será declarado em uma cerimônia solene que o mundo está livre da peste bovina, doença que assolou criadores de gado em todo o mundo durante anos.

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