Bolsonaro fala sobre fraudes na Bolívia e renúncia de Evo Morales
Denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do presidente na Bolívia
Agência Brasil
Publicado em 10 de novembro de 2019 às 21h39.
Última atualização em 10 de novembro de 2019 às 22h31.
O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou na noite deste domingo (10) a respeito da renúncia do então presidente boliviano Evo Morales . No fim da tarde de hoje Morales anunciou que deixaria o cargo e pediu a convocação de novas eleições.
Segundo a publicação de Bolsonaro nas redes sociais, a lição que fica para os brasileiros é a necessidade de votos que possam ser auditados. Para o presidente, o voto impresso "é sinal de clareza para o Brasil!"
Denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do Presidente Evo Morales. A lição que fica para nós é a necessidade, em nome da democracia e transparência, contagem de votos que possam ser auditados. O VOTO IMPRESSO é sinal de clareza para o Brasil!
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O pronunciamento de Morales foi transmitido a partir da cidade de Cochabamba em meio à escalada dos protestos que se seguiram à eleição de 20 de outubro no país. Ao lado de Morales, o vice-presidente Alvaro García Linera também anunciou que deixa seu posto.
"Queremos preservar a vida dos bolivianos", disse Morales no pronunciamento. Ele disse que decidiu deixar o cargo "para que não continuem maltratando parentes de líderes sindicais, prejudicando a gente mais humilde. Estou renunciando e lamento muito esse golpe".
Cerca de uma hora antes do anúncio da renúncia de Morales, o governo brasileiro já havia se manifestado, por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), sobre as irregularidades apontadas no processo eleitoral boliviano pela Organização dos Estados Americanos (OEA) que pedia a convocação de um novo processo eleitoral.
"O Brasil considera pertinente a convocação de novas eleições gerais em resposta às legítimas manifestações do povo e às recomendações da OEA, após a constatação das graves irregularidades. O Brasil estima que o novo sufrágio deve ser dotado de todas as condições para assegurar sua absoluta transparência e legitimidade. Nesse sentido, o novo sufrágio deve ser presidido por autoridades reconhecidas por sua honorabilidade e credibilidade para garantir o soberano desejo dos bolivianos, e contar com observação internacional em todas as etapas do processo", diz a nota.