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Bolsonaro encerra coletiva ao ser perguntado sobre Moro

Presidente falou sobre reforma da Previdência, mas se recusou a falar de Moro após condecorar o ministro em cerimônia hoje mais cedo

O presidente Jair Bolsonaro se reúne com o governador de São Paulo, João Doria, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, na capital paulista. (Governador de São Paulo/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2019 às 18h15.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 18h58.

São Paulo - O presidente Jair Bolsonaro se contrariou a ser perguntado como teria avaliado as questões envolvendo o seu ministro da Justiça, Sergio Moro , e encerrou abruptamente uma coletiva de imprensa que transcorria amistosamente no saguão da ala das autoridades do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

"Está encerrada a entrevista", disse o presidente Jair Bolsonaro, ao bater uma mão contra a outra e sair rapidamente.

Acompanhado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, Bolsonaro falou sobre reforma da Previdência, crédito suplementar, mas se recusou a falar de Moro.

No fim de semana, o site The Intercept divulgou uma série de reportagens baseadas em supostas conversas pelo Telegram do então juiz Sergio Moro, que segundo a publicação, teria orientado as investigações da força-tarefa da Lava Jato.

Economia

Antes da breve coletiva ser encerrada, o presidente afirmou estar otimista que a reforma da Previdência pode ser aprovada com pouca desidratação.

"Como nosso ministro da Economia vem falando, choque de boas notícias teremos a partir deste momento", disse.

Bolsonaro também disse que viu como um ato bem-vindo a reunião de governadores que ocorreu mais cedo em Brasília em apoio à reforma previdenciária.

Ele afirmou que a inclusão dos Estados e municípios na reforma continua sendo uma interrogação dentro do Parlamento, mas que no mundo da política as coisas vão de um lado para o outro.

"Nós gostaríamos que todo mundo fosse incluído numa reforma única. Agora, em grande parte quem vai decidir isso aí é o Parlamento brasileiro."

Ele ainda comparou a aprovação da reforma da Previdência à Batalha de Riachuelo, em referência à Batalha Naval do Riachuelo, travada em 11 de junho de 1865 às margens do arroio Riachuelo, um afluente do Rio Paraguai, na província de Corrientes, na Argentina.

"Hoje comemoramos a Batalha de Riachuelo e a nossa Batalha de Riachuelo é a reforma da Previdência num momento tão crucial para o Brasil", disse o presidente.

(Com informações de Francisco Carlos de Assis)

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