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Bolsonaro decide enviar Mourão para posse de novo presidente argentino

Inicialmente, presidente escolheu ministro da Cidadania para ir à posse de Fernández; logo após a eleição argentina, ele disse que não mandaria ninguém

Bolsonaro e Mourão: presidente decidiu mandar seu vice depois de falar que não mandaria ninguém à posse de Fernández (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 18h24.

O presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e decidiu enviar o vice-presidente Hamilton Mourão para a posse do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández , na terça-feira.

A decisão do presidente foi confirmada à Reuters pelo porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros. O vice-presidente, escalado de última hora, embarca na noite desta segunda-feira para Buenos Aires.

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Inicialmente, Bolsonaro havia escalado o ministro da Cidadania, Osmar Terra, para representá-lo na posse de Fernández, isso depois de ter dito, logo após a eleição argentina, que não iria mandar ninguém.

No último final de semana, o presidente decidiu que Terra não iria mais e, a princípio, o Brasil seria representado apenas por seu embaixador em Buenos Aires, Sérgio Danese.

Na manhã desta segunda-feira, ao ser perguntado se o governo brasileiro não enviaria ninguém para a posse, Bolsonaro disse que estava "analisando a lista de convidados" do novo presidente argentino, mas que o comércio com o país vizinho continuaria da mesma forma.

Desde a campanha eleitoral no país vizinho, Bolsonaro estabeleceu uma relação difícil com Fernández, cuja vice-presidente é a ex-presidente Cristina Kirchner. O presidente brasileiro fez diversas críticas ao novo presidente argentino, afirmando que sua eleição poderia transformar a Argentina em uma nova Venezuela. Fernández respondeu as primeiras falas de Bolsonaro, mas depois passou a ignorar as críticas.

Fernández convidou para sua posse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --que não deve comparecer--, a ex-presidente Dilma Rousseff e outros expoentes da esquerda latino-americana, como o ex-presidente do Uruguai José Mujica e o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que renunciou ao cargo há um mês.

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