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Apple lança novos iPhones e muda estratégia; Bolsa de Hong Kong faz oferta por Londres; Um novo imposto vem aí?
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2019 às 07h07.
Última atualização em 11 de setembro de 2019 às 07h38.
Bolsa de Hong Kong faz oferta por Londres
A Bolsa de Hong Kong anunciou nesta quarta-feira ter feito uma oferta de 36,6 bilhões de dólares para comprar a Bolsa de Londres. O valor representa um prêmio de 23% sobre o valor de mercado de Londres na terça-feira. Hong Kong afirmou que o negócio seria fechado por uma combinação de caixa e crédito, mas afirmou que o anúncio pressupõe um interesse na aquisição, e não uma oferta firme de compra. O negócio mostra que Hong Kong está disposta a novas alternativas interncionais em meio a notícias de que Pequim abrirá seu mercado de capitais para empresas globais, e também tenta se proteger do recrudescimento da guerra comercial com os Estados Unidos. O negócio pode colocar em risco a aquisição por Londres da empresa de informações financeiras Refinitiv.
O secretário adjunto da Receita, Marcelo Silva, confirmou nesta terça-feira que o governo vai enviar uma proposta de criação da Contribuição sobre Pagamentos (CP) para desonerar gradualmente a folha. Segundo planilha apresentada por ele, a alíquota do novo tributo será de 0,20% no débito e crédito financeiro e de 0,40% no saque e depósito em dinheiro. A ideia é que a nova CPMF substitua gradualmente a tributação sobre salários. Em outras propostas antecipadas pelo secretário como parte da reforma tributária preparada pelo governo estão a desoneração da folha de salários e do IOF e uma nova contribuição sobre bens e serviços que unificaria PIS e Cofins, com alíquota de 11%. Guedes está convencido de que uma desoneração na folha de pagamentos de trabalhadores formais vai incentivar a criação de novas vagas no mercado.
Justiça autoriza Lula a ser ouvido pelo Conselho de Direitos Humanos
A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, autorizou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúna com o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, um órgão independente, apesar de ser ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, sob o comando da ministra Damares Alves. O pedido foi feito pelo próprio órgão, em julho, alegando que recebeu denúncias de violação dos direitos humanos. O despacho da magistrada foi assinado na última sexta-feira 6 e a reunião foi marcada, inicialmente, para o próximo dia 17, às 10h, na sede da Polícia Federal de Curitiba, onde o petista está preso desde abril do ano passado. Segundo o documento, tanto a defesa do petista quanto o Ministério Público Federal foram favoráveis à reunião. A magistrada destaca que o MPF foi a favor, apesar de não reconhecer “a autenticidade das supostas mensagens atribuídas a integrantes da força-tarefa, oriundas de crimes cibernéticos”, em referência às reportagens publicadas pelo The Intercept desde o começo de julho.
Carlos Bolsonaro pede licença da Câmara de Vereadores do Rio
O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) pediu licença não remunerada das suas atividades na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O pedido foi feito na última sexta-feira 6, mas só foi publicado no Diário Oficial nesta terça-feira 10. Não há prazo para que Carlos Bolsonaro volte às suas atividades na Câmara. No sábado 7, ele participou ao lado do pai, o presidente Jair Bolsonaro, do desfile em Brasília em celebração ao dia da Independência do Brasil. Na noite de ontem, Carlos foi ao Twitter e afirmou que “por vias democráticas, a transformação que o Brasil quer não acontecerá” na velocidade que o governo planeja. A publicação repercutiu rapidamente entre os seguidores e foi comentada por outros políticos.
“Tem meu desprezo”, diz Alcolumbre sobre declaração de Carlos
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reagiu ao comentário do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, sobre a democracia no Brasil. Alcolumbre rebateu a publicação afirmando que a democracia está fortalecida no Brasil e manifestou “desprezo” por comentários no sentido contrário. “No Senado, o Parlamento brasileiro, a democracia está fortalecida, as instituições estão todas pujantes, trabalhando a favor do Brasil. Então, uma manifestação ou outra em relação a esse enfraquecimento tem da minha parte o meu desprezo”, disse Alcolumbre quando perguntado sobre o comentário de Carlos. O presidente do Senado ressaltou que confia na democracia e nas instituições. Ele destacou que está cumprindo um papel para dar “estabilidade” ao país.
Número de mortes violentas no Brasil cai em 2018
Em 2018, o Brasil registrou uma queda de 10,8% no número de mortes violentas em comparação com o mesmo período de 2017. Ao todo, no ano passado, 57.341 pessoas foram mortas no país, o que corresponde a uma taxa de 27,5 mortes a cada 100 mil habitantes. Os números são do novo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e divulgado nesta terça-feira 10. Segundo definição do relatório, as mortes violentas correspondem à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais. Os dois estados mais violentos no ano passado estão localizados na região Norte. Os dados mostram que, em 2018, Roraima registrou o maior número de mortes violentas, com uma taxa de 66 mortes a cada 100 mil habitantes. A variação foi de 411% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida, vem o Amapá, com 57,9 mortes a cada 100 mil habitantes, uma variação de 1.423% no período de um ano. Em terceiro lugar está o Rio Grande do Norte, no Nordeste, com 55,4 mortes a cada 100 mil habitantes, uma variação de 65,8%. Já em uma comparação histórica, os números do ano passado são os menores para o período desde 2013, quando foram registrados 55.847 mortes.
Apple lança novos iPhones e muda estratégia
Em seu evento anual de apresentação de novos iPhones, realizado nos Estados Unidos, a Apple revelou sua nova estratégia para vender mais num momento de queda nas vendas globais de smartphones. Variedade de modelos e descontos em aparelhos antigos serão as armas da empresa americana. A partir de hoje, a companhia tem seis versões diferentes do iPhone à venda. Permanecem os iPhones 8 e 8 Plus; o iPhone Xr; iPhone 11; iPhone 11 Pro e Pro Max. A faixa de preços coberta pelos smartphones da empresa agora vai de 449 dólares a 1.099 dólares – valores que podem variar de acordo com o tamanho da memória interna. A empresa também anunciou um novo programa de troca de aparelho, em que quem tem um iPhone pode dá-lo como parte do pagamento por um novo. Os valores finais poderão ser pagos em parcelas – algo comum no Brasil, mas que não é usual nos Estados Unidos. No segundo trimestre de 2019, a Apple teve queda de 11,9% na sua participação de vendas no mercado global de celulares, de acordo com dados da consultoria chinesa Counterpoint Research. Como um todo, o setor teve queda global de 1,2% no trimestre. Atualmente a Apple está atrás da Samsung e da Huawei em participação de mercado.
John Bolton, assessor de segurança nacional, deixa governo Trump
O presidente americano, Donald Trump, anunciou esta terça-feira 10 a demissão do seu assessor de Segurança Nacional, John Bolton, e destacou ter discordado de muitas das sugestões feitas pelo conselheiro. “Informei ontem à noite a John Bolton que os seus serviços na Casa Branca não são mais necessários”, afirmou Trump em mensagem no Twitter. Minutos depois, Bolton se manifestou, também pela rede social. De acordo com o ex-assessor, ele teria oferecido sua renúncia ao cargo na noite de segunda e o presidente americano teria respondido que voltaria a conversar sobre o tema nesta terça-feira. Conhecido por posições agressivas em política externa, Bolton foi embaixador dos EUA na ONU durante o governo de George W. Bush e se juntou ao governo Trump em abril do ano passado. Segundo fontes ouvidas pela rede CNN, sua opinião a favor da saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã foi o que atraiu a atenção do presidente. Depois, a relação entre eles entrou em uma fase de turbulências, especialmente em razão de discordâncias sobre os rumos da relação com a Coreia do Norte e sobre as conversas de paz com o Talibã no Afeganistão, que fracassaram. Com a demissão, Bolton tornou-se o terceiro assessor de segurança nacional a ter passado pela gestão do republicano.
Netanyahu promete anexar partes da Cisjordânia
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu nesta terça-feira 10 que anexará uma parte estratégica da Cisjordânia ocupada se for reeleito em 17 de setembro. “Se eu receber de vocês, cidadãos de Israel, um mandato claro (…) declaro hoje minha intenção de aplicar, com um futuro governo, a soberania de Israel sobre o vale do Jordão e a parte norte do mar Morto”, disse Netanyahu em coletiva de imprensa em Ramat Gan, perto de Tel Aviv. No anúncio, Netanyahu também afirmou estar em coordenação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para assegurar a soberania de Israel em todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia. “O plano dos EUA é um grande desafio e uma grande oportunidade para garantir a soberania nos assentamentos e outras áreas importantes para nosso povo”, continuou. Hanan Ashrawi, acadêmica e política palestina, reagiu a promessa de Netanyahu afirmando que isso destrói qualquer possibilidade de paz na região. Para a comunidade internacional, o status oficial da Cisjordânia é de território ocupado. Até 1967, fazia parte da Jordânia, mas foi ocupada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias.
Senado dá aval, e Itália forma oficialmente novo governo
Após um mês de crise política e sob o temor de novas eleições, o novo governo italiano, formado pelo antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E) e pelo Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, recebeu nesta terça-feira 10 o voto de confiança no Senado. Com isso, poderá iniciar de fato as funções como Executivo da Itália. Votaram a favor 169 senadores distribuídos entre o M5E, o PD e o partido de esquerda Livres e Iguais, que também faz parte da coalizão e estará à frente do Ministério da Saúde. Os 133 votos contrários vieram do partido conservador Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, do Irmãos da Itália e da sigla de extrema-direita Liga, cujo líder é Matteo Salvini, ex-ministro do Interior e ex-vice-primeiro-ministro. Houve cinco abstenções. A aprovação pelo Senado foi o último passo para a oficialização do novo governo. Caso a casa rejeitasse, novas eleições poderiam ser convocadas.