Bicudo entrega novo pedido de impeachment de Dilma
Foram anexadas no novo pedido cópias de decretos presidenciais assinados por Dilma Rousseff que poderiam embasar a tese de que as pedaladas continuam neste ano
Rita Azevedo
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 10h46.
São Paulo – O fundador do PT , Hélio Bicudo e o jurista Miguel Reale Jr. entregaram na manhã desta quarta-feira o 2° pedido de impeachment de Dilma Rousseff.
O primeiro pedido feito por eles foi apresentado na Câmara em setembro deste ano e esta nas mãos do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No novo documento, os autores incluíram cópias de decretos presidenciais que aumentaram em 800 milhões de reais as despesas do governo sem a autorização do Congresso.
Para eles, a assinatura dos decretos pode ser considerada uma prova de que Dilma continuou cometendo as chamadas "pedaladas fiscais" - condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no início do mês.
A expectativa deles é que, com as novas informações, seja possível contornar o argumento de Cunha de que um presidente só pode ser responsabilizado por crimes cometidos durante o mandato em vigência.
A expectativa é de que Cunha comece a analisar os pedidos nesta semana. A escolha pelo documento de Bicudo seria orientada por seu peso simbólico. Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Bicudo foi deputado federal (1991-1994) pelo PT e atuou como vice-prefeito de São Paulo durante a gestão de Marta Suplicy, de 2001 a 2004. Em 2005 – quando surgiu o mensalão - ele se desfilou do PT e, posteriormente, chegou a declarar apoio a José Serra e Marina Silva. Veja, nos slides, os principais trechos da entrevista de Bicudo ao Roda Viva.
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