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Bicudo entrega novo pedido de impeachment de Dilma

Foram anexadas no novo pedido cópias de decretos presidenciais assinados por Dilma Rousseff que poderiam embasar a tese de que as pedaladas continuam neste ano

Dilma Rousseff durante eventos pré-Olimpíadas no Rio de Janeiro em 07/10 (REUTERS/Adriano Machado)

Rita Azevedo

Publicado em 21 de outubro de 2015 às 10h46.

São Paulo – O fundador do PT , Hélio Bicudo e o jurista Miguel Reale Jr. entregaram na manhã desta quarta-feira o 2° pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

O primeiro pedido feito por eles foi apresentado na Câmara em setembro deste ano e esta nas mãos do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No novo documento, os autores incluíram cópias de decretos presidenciais que aumentaram em 800 milhões de reais as despesas do governo sem a autorização do Congresso.

Para eles, a assinatura dos decretos pode ser considerada uma prova de que Dilma continuou cometendo as chamadas "pedaladas fiscais" - condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no início do mês.

A expectativa deles é que, com as novas informações, seja possível contornar o argumento de Cunha de que um presidente só pode ser responsabilizado por crimes cometidos durante o mandato em vigência.

São Paulo – Duas vezes deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores ( PT ), o jurista Hélio Bicudo acredita que não há mais futuro para a legenda de Luiz Inácio Lula da Silva – e que  o ex-presidente seria o principal culpado por essa sina. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o jurista reafirmou que o impeachment é um remédio previsto na Constituição e que a presidente Dilma Rousseff deveria consultá-la antes de falar em golpismo. Aos 93 anos, Bicudo é um dos nomes por trás do documento que pode servir de base para a abertura do processo contra a presidente. Assinado por ele em parceria com o jurista Miguel Reale Jr, o pedido foi entregue ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no último dia 17
A expectativa é de que Cunha comece a analisar os pedidos nesta semana. A escolha pelo documento de Bicudo seria orientada por seu peso simbólico. Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Bicudo foi deputado federal (1991-1994) pelo PT e atuou como vice-prefeito de São Paulo durante a gestão de Marta Suplicy, de 2001 a 2004. Em 2005 – quando surgiu o mensalão - ele se desfilou do PT e, posteriormente, chegou a declarar apoio a José Serra e Marina Silva. Veja, nos slides, os principais trechos da entrevista de Bicudo ao Roda Viva.
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