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Bendine entrega a Moro "provas" de que não ia fugir da Lava Jato

No dia em que Bendine foi preso, seus advogados pediram ao juiz reconsideração da ordem de prisão temporária e exibiram cópia da passagem de volta ao Brasil

Bendine: foi preso em regime temporário por cinco dias no dia 27, na Operação Cobra, desdobramento da Lava Jato (Sergio Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 13h53.

Os advogados do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine entregaram nesta segunda-feira, 31, ao juiz Sérgio Moro comprovantes de que pretendia retornar ao Brasil no dia 19 de agosto de uma viagem de férias com a família à Europa.

Bendine foi preso em regime temporário por cinco dias na quinta-feira, 27, na Operação Cobra, desdobramento da Lava Jato, por suspeita de recebimento de R$ 3 milhões em propinas da Odebrecth em troca de ajudar a empreiteira em negócios na estatal petrolífera - 'Cobra' é como Bendine era identificado na planilha de propinas da Odebrecht, segundo delatores da companhia.

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Os investigadores descobriram que ele estava com viagem marcada para a sexta-feira, 28, com destino a Lisboa. Esse detalhe levou a Procuradoria da República a suspeitar que Bendine pretendia fugir do País.

No mesmo dia em que Bendine foi preso, seus advogados pediram ao juiz reconsideração da ordem de prisão temporária e exibiram cópia da passagem aérea de volta ao Brasil.

Para reforçar o argumento de que Bendine não tinha intenção de escapar, os criminalistas Pierpaolo Bottini e Cláudia Vara San Juan de Araujo, que representam o ex-presidente da Petrobras, juntaram aos autos da Operação Cobra as reservas em hoteis de quatro países, Portugal, Hungria, Áustria e República Tcheca.

"Note-se que há reservas para todo o período compreendido entre os dias 29 de julho a 18 de agosto, sendo que em 19 subsequente, pela manhã, retornaria ao Brasil via Portugal, conforme já devidamente comprovado, o que evidencia que o motivo da saída - temporária - de Aldemir Bendine do país era uma viagem de férias com a família, previamente organizada", sustentam os advogados.

"Dessa forma, incabíveis quaisquer conjecturas acerca de uma possível fuga, a despeito da existência de passagem de retorno."

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