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BC: indexação de preços atrapalha combate à inflação

Diretor do Banco Central criticou o o uso de inflações passadas para definir preços atuais

Sede do Banco Central: diretor quer que a indexação diminua
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 12h40.

Brasília - O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, disse hoje que qualquer mecanismo de indexação na economia não é bem-vindo e atrapalha o combate à inflação. A afirmação foi feita após questionamentos sobre as políticas governamentais que vinculam alguns reajustes à inflação passada, como a correção do salário mínimo e da tabela do Imposto de Renda.

Na visão de Hamilton, o cumprimento das metas inflacionárias ajuda a reduzir a tendência de indexação. "Acredito que a estabilidade de preços deve prevalecer nas discussões dos agentes. À medida que a meta é cumprida, é natural que se reduza a indexação", afirmou o diretor do BC.

Riscos

O diretor afirmou ainda que, apesar das incertezas que envolvem o cenário macroeconômico, o balanço de riscos atual está mais favorável. Ele explicou que essa avaliação é baseada no conjunto de medidas adotadas pelo BC para combater a inflação (elevação de juros e medidas macroprudenciais) e também pela expectativa, corroborada por dados recentes, de uma política fiscal mais restritiva, que cumpra sem descontos a meta de superávit primário - a despeito de ele reconhecer que parte dos agentes econômicos não acredita que a meta fiscal será cumprida.

Entre os riscos mencionados por Hamilton estão a alta das commodities, o descompasso entre oferta e demanda, a concessão de salários acima do crescimento da produtividade e os mecanismos de indexação da economia. Ele reiterou que, do lado positivo, há evidências de moderação na alta dos preços das commodities, as decisões de restrição fiscal e os sinais de eficácia das medidas macroprudenciais.

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Brasília - O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, disse hoje que qualquer mecanismo de indexação na economia não é bem-vindo e atrapalha o combate à inflação. A afirmação foi feita após questionamentos sobre as políticas governamentais que vinculam alguns reajustes à inflação passada, como a correção do salário mínimo e da tabela do Imposto de Renda.

Na visão de Hamilton, o cumprimento das metas inflacionárias ajuda a reduzir a tendência de indexação. "Acredito que a estabilidade de preços deve prevalecer nas discussões dos agentes. À medida que a meta é cumprida, é natural que se reduza a indexação", afirmou o diretor do BC.

Riscos

O diretor afirmou ainda que, apesar das incertezas que envolvem o cenário macroeconômico, o balanço de riscos atual está mais favorável. Ele explicou que essa avaliação é baseada no conjunto de medidas adotadas pelo BC para combater a inflação (elevação de juros e medidas macroprudenciais) e também pela expectativa, corroborada por dados recentes, de uma política fiscal mais restritiva, que cumpra sem descontos a meta de superávit primário - a despeito de ele reconhecer que parte dos agentes econômicos não acredita que a meta fiscal será cumprida.

Entre os riscos mencionados por Hamilton estão a alta das commodities, o descompasso entre oferta e demanda, a concessão de salários acima do crescimento da produtividade e os mecanismos de indexação da economia. Ele reiterou que, do lado positivo, há evidências de moderação na alta dos preços das commodities, as decisões de restrição fiscal e os sinais de eficácia das medidas macroprudenciais.

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