Exame Logo

Obras de saneamento do MT estão atrasadas em 7 mil dias

Saneamento básico: inicialmente, os atrasos podem custar R$ 3 milhões aos cofres públicos

Saneamento básico: inicialmente, os atrasos podem custar R$ 3 milhões aos cofres públicos (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2015 às 11h13.

São Paulo - Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou esquema criminoso que, há mais de dez anos, praticava irregularidades em licitações de obras de saneamento básico do Mato Grosso . Relatórios da CGU apontam pelo menos 25 contratos com mais de sete mil dias de atraso.

A investigação dos técnicos da Controladoria deu base à Operação Protheus, deflagrada nesta quinta-feira, 19, pela Polícia Federal que, amparada em ordem judicial, realizou 19 buscas e apreensões e 16 conduções coercitivas em Cuiabá, Rondonópolis, Cotriguaçu e Chapada dos Guimarães.

A ação mobilizou 80 policiais federais e nove auditores da CGU. Inicialmente, as apurações mostram prejuízos financeiros de R$ 3 milhões.

Os relatórios da Controladoria revelam a "participação fraudulenta" de pessoas jurídicas pertencentes a um mesmo grupo econômico. Todas elas se vinculavam, direta ou indiretamente, a um mesmo empresário que se utilizava da família e de "laranjas".

A investigação aponta que, durante a execução das obras pelas empresas, havia "atraso injustificado" nas atividades. A principal empresa do grupo firmou, desde 2008, 34 contratos com prefeituras mato-grossenses, no valor total de R$ 122 milhões. Apenas nove contratos foram concluídos. O restante já soma mais de sete mil dias de atraso, indica a Controladoria.

A PF atribui ao grupo crimes de falsificação e uso de documento falso, corrupção de funcionários públicos, organização criminosa e crimes relacionados às licitações, como superfaturamento de preços.

Segundo a força-tarefa que deflagrou a Protheus, o nome da operação ‘faz referência ao deus da mitologia grega que tinha o dom da premonição, tal qual fraudadores de licitações que, de antemão, sabem quem será contratado pela administração pública’.

A PF informou que as fraudes consistiam na constituição de pessoas jurídicas com pessoas interpostas ("laranjas") a fim de possibilitar a apresentação de diversas propostas no processo licitatório, "com o intuito de simular competição que, na realidade, favorecia apenas as empresas ligadas a um mesmo grupo empresarial".

Essas empresas apresentavam preços superfaturados em prejuízo aos cofres públicos. Foram colhidos indícios de que o grupo concentrava suas práticas ilícitas em torno de obras de saneamento básico.

Veja também

São Paulo - Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) identificou esquema criminoso que, há mais de dez anos, praticava irregularidades em licitações de obras de saneamento básico do Mato Grosso . Relatórios da CGU apontam pelo menos 25 contratos com mais de sete mil dias de atraso.

A investigação dos técnicos da Controladoria deu base à Operação Protheus, deflagrada nesta quinta-feira, 19, pela Polícia Federal que, amparada em ordem judicial, realizou 19 buscas e apreensões e 16 conduções coercitivas em Cuiabá, Rondonópolis, Cotriguaçu e Chapada dos Guimarães.

A ação mobilizou 80 policiais federais e nove auditores da CGU. Inicialmente, as apurações mostram prejuízos financeiros de R$ 3 milhões.

Os relatórios da Controladoria revelam a "participação fraudulenta" de pessoas jurídicas pertencentes a um mesmo grupo econômico. Todas elas se vinculavam, direta ou indiretamente, a um mesmo empresário que se utilizava da família e de "laranjas".

A investigação aponta que, durante a execução das obras pelas empresas, havia "atraso injustificado" nas atividades. A principal empresa do grupo firmou, desde 2008, 34 contratos com prefeituras mato-grossenses, no valor total de R$ 122 milhões. Apenas nove contratos foram concluídos. O restante já soma mais de sete mil dias de atraso, indica a Controladoria.

A PF atribui ao grupo crimes de falsificação e uso de documento falso, corrupção de funcionários públicos, organização criminosa e crimes relacionados às licitações, como superfaturamento de preços.

Segundo a força-tarefa que deflagrou a Protheus, o nome da operação ‘faz referência ao deus da mitologia grega que tinha o dom da premonição, tal qual fraudadores de licitações que, de antemão, sabem quem será contratado pela administração pública’.

A PF informou que as fraudes consistiam na constituição de pessoas jurídicas com pessoas interpostas ("laranjas") a fim de possibilitar a apresentação de diversas propostas no processo licitatório, "com o intuito de simular competição que, na realidade, favorecia apenas as empresas ligadas a um mesmo grupo empresarial".

Essas empresas apresentavam preços superfaturados em prejuízo aos cofres públicos. Foram colhidos indícios de que o grupo concentrava suas práticas ilícitas em torno de obras de saneamento básico.

Acompanhe tudo sobre:Mato GrossoObras públicasSaneamento

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame