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Atraso nas obras em rodovias federais no RJ pode custar R$ 4,9 bi

O secretário do PPPI do governo federal ressaltou que o governo quer criar um ambiente de concorrência, com regras de governança e de compliance

Rodovia: cálculo foi divulgado hoje pelo Sistema Firjan (CNT/Divulgação)
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Agência Brasil

Publicado em 28 de outubro de 2016 às 20h37.

Última atualização em 28 de outubro de 2016 às 20h38.

O atraso das obras necessárias para eliminar os gargalos nas rodovias BR 116 (Presidente Dutra), BR 040 (Washington Luiz), BR 101 (Governador Mário Covas) e BR 393 (Lúcia Meira), nos trechos sob concessão no estado do Rio , pode custar R$ 4,9 bilhões.

O cálculo foi divulgado hoje (28) pelo Sistema Firjan, durante o seminário "Infraestrutura Fluminense - Desafios e Oportunidades", considerando o impacto logístico e os possíveis acidentes caso as melhorias nessas rodovias sejam concluídas apenas entre 2031 e 2033.

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Formado por cinco organizações - Sesi, Senai, Firjan, CIRJ e IEL - o Sistema Firjan promove a competitividade empresarial, a educação e a qualidade de vida do trabalhador e da sociedade.

O secretário do Programa de Parcerias e Investimentos do governo federal, Moreira Franco, ressaltou que o governo quer criar um ambiente de concorrência, com regras de governança e de compliance (conformidade com leis e regulamentos externos e internos), que permita tanto às empresas quanto ao governo manter uma relação de transparência.

No encontro, o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Gouvêa Vieira, destacou que a única saída para o desenvolvimento do país é investir em infraestrutura.

"O governo está tratando da agenda macro que está muito bem encaminhada, felizmente, ao mesmo tempo em que se discute os fatores de produção e a condição de competitividade da indústria nacional. Mas tem uma agenda que é fundamental, que é a questão do transporte e da logística no nosso país", avaliou.

Estudo

No caso da BR 116 (Via Dutra), o estudo chama a atenção para a situação da Serra das Araras, no trecho fluminense. O projeto da nova pista de descida está avaliado em R$ 1,7 bilhão e o prazo de construção estimado em quatro anos.

Caso se decida aguardar o encerramento do contrato atual, em 2021, para que a obra seja realizada em uma nova concessão, a pista, que poderia ser entregue em 2020, corre o risco de só ficar pronta em 2031.

Com isso, o custo por conta dos gastos logísticos extras e do número de acidentes, pode chegar a R$ 797 milhões. Na BR 040 (Rio-Juiz de Fora), a construção da nova pista de subida da Serra de Petrópolis está paralisada.

A obra teve o cronograma alterado três vezes e, após ser iniciada em 2013, discussões jurídicas acerca do valor acabaram interrompendo os trabalhos.

Sem recursos, o governo tem interesse em que a concessionária termine a obra, que pode ser concluída em dois anos, em troca da extensão do prazo de concessão.

Porém, a proposta é questionada na Justiça por setores que defendem que o trabalho só seja retomado após o encerramento do contrato, em 2021, e uma nova licitação. Se isso ocorrer, a nova pista só deve ser concluída em 2031. Este atraso pode gerar um custo de R$ 1,5 bilhão.

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