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As perguntas sobre Eike

Passadas 36 horas de seu pedido de prisão, o empresário Eike Batista continua foragido e procurado pela Interpol. E, a cada hora que passa, a história do sumiço do homem que chegou a ser o sétimo mais rico do mundo fica mais rocambolesca. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal não confirmam, mas, de […]

EIKE BATISTA: De acordo com Fernando Martins, advogado do empresário, não houve acordo com a Polícia Federal ou com o Ministério Público Federal (MPF) / Fernando Lemos
DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 17h54.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h04.

Passadas 36 horas de seu pedido de prisão, o empresário Eike Batista continua foragido e procurado pela Interpol. E, a cada hora que passa, a história do sumiço do homem que chegou a ser o sétimo mais rico do mundo fica mais rocambolesca.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal não confirmam, mas, de acordo com o advogado Fernando Martins, Eike estaria negociando a melhor forma de retornar. Uma opção seria fechar desde já uma delação relâmpago e explosiva para que ele nem pise na cadeia. Juristas duvidam que isso aconteça, pois não há previsão de que alguém possa negociar a ida ou não para a prisão.

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Eike é cidadão alemão e teria abrigo seguro na Alemanha, que não tem acordo de extradição com o Brasil. Mas existem brechas jurídicas para trazer Eike de volta (na hipótese, claro, de ele não voltar). Há jurisprudência no Direito Internacional em que contou a cidadania de prevalência do investigado. A Convenção de Mérida, assinada por Brasil e Alemanha em 2003, prevê a extradição em casos de corrupção.

De qualquer forma, esse seria um caminho longo e penoso, que relembraria os entraves entre Brasil e Itália no caso de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil. Cidadão italiano, Pizzolato fugiu para a Itália, onde acabou preso e, após longo imbróglio, foi deportado para o Brasil, onde hoje cumpre pena.

Pizzolato fugiu 45 dias antes de ter sua prisão decretada. Eike se mandou com apenas dois dias de antecedência. Ele teria ficado sabendo da Operação Eficiência? Como? Quem recebeu os agentes da Polícia Federal na casa de Eike Batista foi o office-boy da EBX, Breno Oliveira, que não mora na casa, o que também causou estranheza.

Até mesmo o advogado de Eike está sob suspeita. Fernando Teixeira Martins foi agente da Polícia Federal durante 11 anos, entre 2004 e 2015, e foi contratado de última hora por Eike. Ele poderia ter ajudado na fuga? O rol de perguntas só deve crescer com o passar dos dias.

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