Após 16 anos, Prefeitura de SP vai ampliar área de rodízio
A proposta é incluir 240 km de vias na área do rodízio municipal de veículos, atingindo os principais corredores fora do centro expandido da capital
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 16h03.
São Paulo - A Prefeitura de São Paulo vai incluir 240 km de vias na área do rodízio municipal de veículos, atingindo os principais corredores fora do centro expandido. É a primeira vez que a restrição será ampliada desde sua criação, em 1997.
A proposta da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) é de que a nova regra tenha início à medida que avançar a instalação de faixas exclusivas de ônibus da cidade - o que permitiria incluir vias na restrição por etapas.
A gestão Fernando Haddad (PT) quer construir 150 km de faixas exclusivas, com inauguração prevista de pelo menos uma por semana até o fim deste ano. Os corredores de ônibus vão ficar justamente nas áreas localizadas fora do minianel viário.
O rodízio continuará valendo apenas nos horários de pico (das 7h às 10h e das 17h às 20h). A relação entre o fim da placa e o dia em que o veículo fica em casa também não deve mudar.
Ao todo serão incluídas 46 vias no rodízio municipal - com destaque para locais de grande fluxo, como as Avenidas Interlagos, Teotônio Vilela e Jornalista Roberto Marinho, na zona sul; Aricanduva, Jacu-Pêssego e Radial Leste, na zona leste; Inajar de Souza, General Edgar Facó, Brás Leme e Engenheiro Caetano Álvares, na zona norte.
Além de estarem fora da área atual do rodízio, essas vias têm em comum o fato de ficarem na área do trânsito "invisível" da cidade, que não entra na contagem oficial da CET.
A Prefeitura também já divulgou a intenção de alterar a medição do tráfego para modelos com GPS, que abrangeriam a capital inteira. Também quer que mais radares possam flagrar infrações de rodízio. Para isso, vai equipá-los com Leitores Automáticos de Placas (LAP).
Atualmente, existem 433 pontos com radar na capital, entre equipamentos fixos e estáticos, lombadas eletrônicas e pistolas capazes de flagrar as placas dos veículos. A Secretaria Municipal dos Transportes pretende rearranjar esses pontos.
Cenários. A CET tem usado simuladores de tráfego para estimar qual seria o impacto da ampliação do rodízio. A conclusão é de que a velocidade média dos carros na cidade toda melhoraria 15%, passando de 17,3 km/h para 20 km/h. Esse pequeno aumento, segundo os técnicos, já melhoraria os congestionamentos em 11%, aproximadamente.
Levando em consideração apenas os novos corredores que seriam incluídos na restrição, os ganhos seriam ainda maiores: 20% de melhoria.
A CET fez uma outra análise para possível ampliação do rodízio, aumentando a quantidade de dias de restrição - cada carro teria de ficar na garagem ao menos duas vezes por semana. O resultado, no entanto, foi que os impactos na cidade toda seriam menores.
Apesar das evidentes melhorias para a qualidade de vida dos motoristas, que passariam alguns minutos a menos presos no trânsito, a prioridade com o aumento da área do rodízio é fazer a velocidade dos ônibus crescer. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, já disse que sua meta é que os coletivos, que circulam com velocidade média inferior a 15 km/h, alcancem até 25 km/h.
Paliativo
Para o professor de Transportes da Fundação Educacional Inaciana (FEI) Creso de Franco Peixoto, a medida terá um impacto positivo efêmero. "É como remédio para dor de cabeça: minimiza os efeitos, mas não resolve o problema. Quando o tráfego nas vias com rodízio melhorar, uma demanda reprimida vai acabar buscando essas ruas e o trânsito voltará a piorar."
São Paulo - A Prefeitura de São Paulo vai incluir 240 km de vias na área do rodízio municipal de veículos, atingindo os principais corredores fora do centro expandido. É a primeira vez que a restrição será ampliada desde sua criação, em 1997.
A proposta da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) é de que a nova regra tenha início à medida que avançar a instalação de faixas exclusivas de ônibus da cidade - o que permitiria incluir vias na restrição por etapas.
A gestão Fernando Haddad (PT) quer construir 150 km de faixas exclusivas, com inauguração prevista de pelo menos uma por semana até o fim deste ano. Os corredores de ônibus vão ficar justamente nas áreas localizadas fora do minianel viário.
O rodízio continuará valendo apenas nos horários de pico (das 7h às 10h e das 17h às 20h). A relação entre o fim da placa e o dia em que o veículo fica em casa também não deve mudar.
Ao todo serão incluídas 46 vias no rodízio municipal - com destaque para locais de grande fluxo, como as Avenidas Interlagos, Teotônio Vilela e Jornalista Roberto Marinho, na zona sul; Aricanduva, Jacu-Pêssego e Radial Leste, na zona leste; Inajar de Souza, General Edgar Facó, Brás Leme e Engenheiro Caetano Álvares, na zona norte.
Além de estarem fora da área atual do rodízio, essas vias têm em comum o fato de ficarem na área do trânsito "invisível" da cidade, que não entra na contagem oficial da CET.
A Prefeitura também já divulgou a intenção de alterar a medição do tráfego para modelos com GPS, que abrangeriam a capital inteira. Também quer que mais radares possam flagrar infrações de rodízio. Para isso, vai equipá-los com Leitores Automáticos de Placas (LAP).
Atualmente, existem 433 pontos com radar na capital, entre equipamentos fixos e estáticos, lombadas eletrônicas e pistolas capazes de flagrar as placas dos veículos. A Secretaria Municipal dos Transportes pretende rearranjar esses pontos.
Cenários. A CET tem usado simuladores de tráfego para estimar qual seria o impacto da ampliação do rodízio. A conclusão é de que a velocidade média dos carros na cidade toda melhoraria 15%, passando de 17,3 km/h para 20 km/h. Esse pequeno aumento, segundo os técnicos, já melhoraria os congestionamentos em 11%, aproximadamente.
Levando em consideração apenas os novos corredores que seriam incluídos na restrição, os ganhos seriam ainda maiores: 20% de melhoria.
A CET fez uma outra análise para possível ampliação do rodízio, aumentando a quantidade de dias de restrição - cada carro teria de ficar na garagem ao menos duas vezes por semana. O resultado, no entanto, foi que os impactos na cidade toda seriam menores.
Apesar das evidentes melhorias para a qualidade de vida dos motoristas, que passariam alguns minutos a menos presos no trânsito, a prioridade com o aumento da área do rodízio é fazer a velocidade dos ônibus crescer. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, já disse que sua meta é que os coletivos, que circulam com velocidade média inferior a 15 km/h, alcancem até 25 km/h.
Paliativo
Para o professor de Transportes da Fundação Educacional Inaciana (FEI) Creso de Franco Peixoto, a medida terá um impacto positivo efêmero. "É como remédio para dor de cabeça: minimiza os efeitos, mas não resolve o problema. Quando o tráfego nas vias com rodízio melhorar, uma demanda reprimida vai acabar buscando essas ruas e o trânsito voltará a piorar."