Ao sair da prisão, Richa diz que vai retomar candidatura ao Senado
O ex-governador foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de setembro de 2018 às 09h31.
Última atualização em 15 de setembro de 2018 às 10h27.
São Paulo - Ao deixar o regimento da Polícia Montada, em Curitiba, onde estava preso, o ex-governador Beto Richa ( PSDB ) declarou, na madrugada deste sábado, 15, que vai retomar sua candidatura ao Senado nas eleições 2018 e que a prisão contra ele foi uma "crueldade".
"O que fizeram comigo foi uma crueldade enorme, não merecia o que aconteceu, mas estou de cabeça erguida e continuo respondendo todas as acusações sem a menor dificuldade", disse. O tucano foi preso na terça-feira, 11, acusado de chefiar um esquema de desvios em um programa de manutenção de estradas rurais enquanto governador do Estado.
O ex-governador foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Também deixaram a o regimento a mulher do ex-governador tucano, Fernanda Richa, e o irmão, Pepe Richa. Outros 11 presos da Operação também foram liberados por Gilmar Mendes, mas ainda estão presos no Complexo Médico Penal, em Curitiba.
"Foram dias, não posso deixar de reconhecer, de extremo sofrimento, pra mim e para toda minha família, e lamento que (tenha valor) a palavra de um indivíduo, de um delator, cujo histórico de vida não demonstra nenhuma credibilidade, ao contrário, total falta de credibilidade. Aí eu pergunto: vale a palavra dele ou a minha palavra?", declarou Richa.
"Vou retomar minha campanha e nós podemos voltar a falar em outro momento. Vou dizer aqui com muita clareza: entrei nesse regimento como homem honrado e saio daqui como homem honrado", completou.