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Anefac diz que aumento do compulsório bancário inibe aumento da Selic

Copom não deve aumentar os juros na última reunião e nem nos próximos meses de 2011, segundo Andrew Frank Storfer, presidente da Anefac

Henrique Meirelles, durante o anúncio do aumento do compulsório: Copom não deve aumentar a Selic  (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Henrique Meirelles, durante o anúncio do aumento do compulsório: Copom não deve aumentar a Selic (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 06h29.

Brasília - Os instrumentos de regulação para aperfeiçoar a estabilidade financeira e manter o desenvolvimento sustentado do mercado de crédito vão permitir que a Taxa Básica de Juros (Selic) permaneça no patamar de 10,75% ao ano.

Tanto na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza hoje (7) e amanhã (8), quanto nos próximos meses, de acordo com o presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Andrew Frank Storfer.

Storfer acha que no cômputo geral, o aumento do Fator de Ponderação de Risco (FPR) nos créditos a pessoas físicas e a majoração do compulsório bancário sobre depósitos favorecem o combate à inflação e ampliam as alternativas de encaminhamento da política monetária. Ressaltou, porém, a necessidade de melhor esclarecimento sobre os procedimentos para cálculo da parcela de Patrimônio de Referência Exigido (PRE).

De acordo com o economista Miguel Ribeiro de Oliveira, também da Anefac, a Circular 3515, do Banco Central, tem posição ambígua em relação à entrada em vigor do FPR . O Artigo 1º fala  que a majoração de 100% para 150% do fator de risco deve ser aplicada a partir de hoje, enquanto o Artigo 2º diz que “esta circular entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de julho de 2011”.

O diretor executivo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio), Antonio Carlos Borges, tem entendimento diferenciado. Segundo ele, a elevação do compulsório bancário, aliada a um possível aumento da Selic, impedirá a continuidade do ciclo de crescimento da economia. Além disso, defende que o governo assuma posição mais restritiva, cortando os próprios gastos.

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