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Anac proibiu voo fretado que levaria Chapecoense a Medellín

Chapecoense tinha fretado um avião para viajar a Medellín, mas Anac proibiu a viagem direta, e a equipe pegou um voo comercial até a Bolívia

Avião da Chapecoense: aeronave utilizada pelo time catarinense é de fabricação da empresa britânica British Aerospace, modelo Bae 146 (foto/Reuters)

Avião da Chapecoense: aeronave utilizada pelo time catarinense é de fabricação da empresa britânica British Aerospace, modelo Bae 146 (foto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 09h58.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 11h49.

São Paulo - O acidente que provocou a morte de mais de 70 pessoas no avião que transportava a delegação de Chapecoense rumo a Medellín, nesta terça-feira, aconteceu após o clube ser obrigado a mudar o seu plano inicial de voo.

Pela programação traçada inicialmente, a Chapecoense tinha a intenção de levar a sua delegação em um voo fretado que partiria do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e iria direto até Medellín.

O avião locado pelo clube, da companhia LaMia, cuja matrícula foi registrada na Bolívia, porém, teve autorização para descer na cidade colombiana negada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Por isso, a delegação da Chapecoense precisou seguir em um voo comercial rumo a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, para em seguida embarcar no avião fretado pelo clube que acabou caindo perto do aeroporto de Medellín. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, além de 21 jornalistas.

A aeronave utilizada pelo time catarinense é de fabricação da empresa britânica British Aerospace, modelo Bae 146, e estavam previstas neste voo as presenças do presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, do deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, mas eles acabaram não embarcando após a determinação da ANAC e haviam decidido seguir para a Colômbia em um voo comercial.

"Nós estávamos previstos para estar nesse voo. Inicialmente a gente iria num voo fretado, mas a ANAC não liberou e nós optamos por ir em voo regular hoje de tarde. Mas voltaríamos nesse voo (que caiu). Esse avião teve um pedido indeferido porque há um acordo internacional que diz que fretamento de equipes brasileiras só podem ser feito por aviões dos países de origem e destino", afirmou o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, em entrevista à TV Globo na manhã desta terça.

O nome do prefeito, que viajaria como convidado da Chapecoense, chegou a ser confirmado na lista de passageiros deste voo que caiu na Colômbia, mas ele acabou não embarcando neste avião que levaria o time para a disputa do jogo de ida da final da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, contra o Atlético Nacional, confronto agora cancelado pela Conmebol por motivos óbvios.

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