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Aécio critica tom "fisiológico" usado por Temer em carta

Carta de Temer a Dilma: "Talvez fosse mais apropriado discutir na carta mais questões do país que assuntos de caráter pessoal e interno"

Carta de Temer a Dilma: "Talvez fosse mais apropriado discutir na carta mais questões do país que assuntos de caráter pessoal e interno" (Antonio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 09h14.

Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG) , afirmou nesta terça-feira, 8, que a carta do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP) , na qual faz duras críticas à presidente Dilma Rousseff, é um claro sinal de rompimento entre os dois.

"A questão central é que o presidente do PMDB e vice-presidente da República, no entendimento do PSDB, se afasta definitivamente do governo", disse.

O tucano criticou, no entanto, o tom "fisiológico" usado por Temer no documento.

"Talvez fosse mais apropriado discutir na carta mais questões do País que assuntos de caráter pessoal e interno", afirmou Aécio.

Segundo ele, o vice perdeu a oportunidade de se colocar como estadista num momento de crise e preferiu demonstrar preocupação com cargos: "Acho que houve ali um destaque excessivo para nomeação ou ausência de nomeações".

No texto, Temer reclama que a presidente não renovou no segundo mandato a Secretaria da Aviação Civil, que era ocupada por um de seus aliados, Moreira Franco (PMDB-RJ). Também se queixa de que a presidente nomeou este ano dois ministros indicados pelo líder da bancada peemedebista na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), sem consultá-lo.

"A senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado", acrescentou Temer. Edinho chefiava a Secretaria dos Portos.

A moderação de Aécio em relação à carta de Temer está relacionada à repercussão negativa do documento nas redes sociais. Aécio, que ficou em segundo lugar na eleição presidencial do ano passado, tem procurado se manter sintonizado com a opinião pública.

O tucano também tem sido mais comedido nos ataque diretos à presidente. Quando fala do impeachment, o senador busca ressaltar que é importante avaliar o mérito da peça de pedido de afastamento em vez de simplesmente defender a saída sumária da presidente do cargo.

O presidente do PSDB também disse que verá com "calma" a acusação de que Temer também assinou decretos com gastos extraordinários do Orçamento - um dos principais argumentos para o processo de impeachment de Dilma.

"Não estou pensando em entrar com pedido de investigação ainda", disse. "É um assunto que veremos mais adiante", completou. A posição de Aécio diverge da opinião do líder da minoria no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), que vai levar o caso ao Tribunal de Contas da União (TCU).

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Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG) , afirmou nesta terça-feira, 8, que a carta do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP) , na qual faz duras críticas à presidente Dilma Rousseff, é um claro sinal de rompimento entre os dois.

"A questão central é que o presidente do PMDB e vice-presidente da República, no entendimento do PSDB, se afasta definitivamente do governo", disse.

O tucano criticou, no entanto, o tom "fisiológico" usado por Temer no documento.

"Talvez fosse mais apropriado discutir na carta mais questões do País que assuntos de caráter pessoal e interno", afirmou Aécio.

Segundo ele, o vice perdeu a oportunidade de se colocar como estadista num momento de crise e preferiu demonstrar preocupação com cargos: "Acho que houve ali um destaque excessivo para nomeação ou ausência de nomeações".

No texto, Temer reclama que a presidente não renovou no segundo mandato a Secretaria da Aviação Civil, que era ocupada por um de seus aliados, Moreira Franco (PMDB-RJ). Também se queixa de que a presidente nomeou este ano dois ministros indicados pelo líder da bancada peemedebista na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), sem consultá-lo.

"A senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado", acrescentou Temer. Edinho chefiava a Secretaria dos Portos.

A moderação de Aécio em relação à carta de Temer está relacionada à repercussão negativa do documento nas redes sociais. Aécio, que ficou em segundo lugar na eleição presidencial do ano passado, tem procurado se manter sintonizado com a opinião pública.

O tucano também tem sido mais comedido nos ataque diretos à presidente. Quando fala do impeachment, o senador busca ressaltar que é importante avaliar o mérito da peça de pedido de afastamento em vez de simplesmente defender a saída sumária da presidente do cargo.

O presidente do PSDB também disse que verá com "calma" a acusação de que Temer também assinou decretos com gastos extraordinários do Orçamento - um dos principais argumentos para o processo de impeachment de Dilma.

"Não estou pensando em entrar com pedido de investigação ainda", disse. "É um assunto que veremos mais adiante", completou. A posição de Aécio diverge da opinião do líder da minoria no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), que vai levar o caso ao Tribunal de Contas da União (TCU).

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