Aécio diz que país não precisa de um PT de roupa nova
Tucano disse que o país não é para "amadores" e que não comporta "improvisos" de Dilma ou de Marina
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2014 às 16h14.
O candidato à Presidência da República pelo PSDB , Aécio Neves , afirmou nesta segunda-feira que o país precisa eleger um governo que não seja um "PT de roupa nova", em uma referência a Marina Silva, que concorre ao Planalto pelo PSB.
O tucano, que tem se colocado como a mudança segura, acrescentou que o país não é para "amadores" e que não comporta "improvisos" nem do atual governo da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, nem de um eventual mandato de Marina.
"É cada vez mais claro... de que para tirar o PT do governo é preciso colocar algo melhor no lugar, e não um PT renovado, não um PT de roupa nova", disse Aécio a jornalistas em Linhares, no Espírito Santo, onde cumpre agenda de campanha.
"Não vamos substituir o governo do PT por um outro tipo PT, até porque 80 por cento da trajetória da candidata Marina foi feita dentro do PT e, provavelmente, será uma parcela importante do PT, se ela vencer as eleições, com quem ela vai governar", afirmou, explorando semelhanças entre as duas adversárias, posicionadas à sua frente nas pesquisas eleitorais recentes.
"A nossa proposta é oposição a isso que está aí, ao aparelhamento da máquina pública, ao descompromisso com a ética, à incapacidade de permitir o Brasil crescer, gerando empregos."
O senador mineiro aproveitou a entrevista para reiterar críticas à condução da economia pelo atual governo, disparando também contra a candidata do PSB, que não teria, segundo Aécio, condições "adequadas" para que o Brasil supere a "crise".
"A candidata Dilma, há quatro anos, dizia que controlaria a inflação, faria o Brasil crescer, melhoraria nossos indicadores sociais – exatamente o que propõe a candidata Marina hoje. Mas como? Com quem? Com este mesmo PT, onde está a origem das duas (candidatas)? Não acredito nisso", disse.
Ao se colocar como a verdadeira via de oposição, o tucano criticou o governo do PT e de partidos de sua base, da qual o PSB fez parte até o ano passado, por não ter aprovado propostas da chamada agenda da Federação.
Dentre os pontos dessa agenda estão a renegociação da dívida do Estados e o aumento de recursos para o Fundo de Participação dos Municípios.
O candidato tentou ainda desconstruir a ideia de que o PT "mudou" a vida dos brasileiros, considerando-a uma "grande falácia".
"Quem muda a vida de cada brasileiro é cada brasileiro que acorda cedo, trabalha, estuda, se prepara", afirmou.