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'Advoguei para o inimigo público', disse Bastos; veja frases

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos morreu em São Paulo na manhã de hoje, aos 79 anos

(Marcello Casal/Agência Brasil)

Mariana Desidério

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 12h47.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h58.

São Paulo – O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos tinha posições contundentes sobre o direito, a política e o papel da Polícia Federal . Bastos morreu em São Paulo na manhã de hoje, aos 79 anos. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês por conta de complicações decorrentes de problemas pulmonares. Nas diversas entrevistas que já concedeu à imprensa, Bastos disse frases como esta: “É um direito de todo ser humano de furtar-se a prisão e aspirar a liberdade”. O advogado falava de um de seus clientes, o médico Roger Abdelmassih, na época foragido. Hoje Abdelmassih está preso, condenado por ter estuprado ou violentado 39 mulheres. Além do médico, Thomaz Bastos defendeu outros “inimigos públicos”, como ele mesmo definia: foi o advogado do bicheiro Carlos Cachoeira e defendeu ex-dirigentes do Banco Rural no processo do mensalão. Bastos foi ministro da Justiça entre 2003 e 2007, durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, começou a advogar em 1956 e fundou um dos mais respeitados escritórios do país. Em 1990, logo após a eleição do ex-presidente Fernando Collor, Bastos fez parte do governo paralelo instituído pelo Partido dos Trabalhadores, no qual foi responsável pelo setor de Justiça e Segurança. Mais tarde, foi um dos responsáveis pela redação da petição que resultou no impeachment de Collor. O ex-ministro da Justiça era especializado em Processo Penal e se dedicava apenas aos casos desta esfera. Atuou em situações emblemáticas como no julgamento dos assassinos de Chico Mendes, no qual estava ao lado da acusação.  Veja nos slides dez frases que marcaram as posições do ex-ministro.
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