Acusações contra ministros são simples alegações, diz Temer
Nos últimos dias, duas novas denúncias atingiram ministros de seu governo
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2016 às 11h36.
Tóquio - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 18, que o governo vai esperar que as denúncias de corrupção e caixa 2 que envolvem membros de seu governos nos últimos dias "se consolidem" antes de tomar providências - sem especificar quais.
De acordo com o presidente, nomes como Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá são importantes porque "dialogam bem com o Congresso" e podem ajudar na tramitação de projetos e reformas. Temer está em Tóquio para uma visita oficial de três dias.
Nos últimos dias, duas novas denúncias atingiram ministros de seu governo. Em sua recente edição, a revista Veja afirmou que o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, teria recebido R$ 3 milhões em propina para cancelar uma obra.
A delação foi feita pelo executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que em depoimento disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pago o valor em 2014, quando o ministro era secretário de Aviação Civil no governo de Dilma Rousseff.
Questionado pela reportagem sobre as denúncias na manhã desta terça-feira, horário local, Moreira Franco reagiu irritado e se recusou a comentar.
Além dele, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB), é citado em depoimento da matemática Tania Maria Silva Fontenelle, ligada à construtora Carioca Engenharia.
Ela afirmou ter comprado gado superfaturado da empresa Agrobilara Comércio e Participações Ltda, de forma a ampliar a movimentação de dinheiro em espécie, que teria como finalidade o caixa 2.
A empresa tem como controladores membros da família Picciani, incluindo o ministro do Esporte; Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e Rafael Picciani, deputado estadual e secretário municipal no Rio.
As informações fazem parte de um acordo de leniência assinado no escopo da Operação Lava Jato.
Temer não citou o nome de seus ministros envolvidos em denúncias, mas respondeu a uma pergunta sobre se escândalos que atingem nomes como o de Geddel, Moreira Franco e Romero Jucá não prejudicam os projetos do governo no Congresso.
O presidente disse que não. "Em primeiro lugar, facilitam. São pessoas que dialogam bem com o Congresso, como eu, vocês sabem, dialogo muito bem com o Congresso Nacional. Acho que podem ajudar", afirmou.
A seguir, o presidente ponderou as denúncias, minimizando-as. "O envolvimento dos nomes se deu, convenhamos, por enquanto, por uma simples alegação, uma afirmação. É preciso que essas coisas se consolidem. Se um dia se consolidarem, muito bem, o governo verá o que fazer", disse, completando a seguir: "Se a cada momento que alguém mencionar o nome de alguém (na Lava Jato) e isso passar a dificultar a ação do governo, fica difícil".
Nessa quarta-feira, 19, ele se reúne com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e com o imperador Akihito.
Tóquio - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 18, que o governo vai esperar que as denúncias de corrupção e caixa 2 que envolvem membros de seu governos nos últimos dias "se consolidem" antes de tomar providências - sem especificar quais.
De acordo com o presidente, nomes como Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá são importantes porque "dialogam bem com o Congresso" e podem ajudar na tramitação de projetos e reformas. Temer está em Tóquio para uma visita oficial de três dias.
Nos últimos dias, duas novas denúncias atingiram ministros de seu governo. Em sua recente edição, a revista Veja afirmou que o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, teria recebido R$ 3 milhões em propina para cancelar uma obra.
A delação foi feita pelo executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que em depoimento disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pago o valor em 2014, quando o ministro era secretário de Aviação Civil no governo de Dilma Rousseff.
Questionado pela reportagem sobre as denúncias na manhã desta terça-feira, horário local, Moreira Franco reagiu irritado e se recusou a comentar.
Além dele, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB), é citado em depoimento da matemática Tania Maria Silva Fontenelle, ligada à construtora Carioca Engenharia.
Ela afirmou ter comprado gado superfaturado da empresa Agrobilara Comércio e Participações Ltda, de forma a ampliar a movimentação de dinheiro em espécie, que teria como finalidade o caixa 2.
A empresa tem como controladores membros da família Picciani, incluindo o ministro do Esporte; Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e Rafael Picciani, deputado estadual e secretário municipal no Rio.
As informações fazem parte de um acordo de leniência assinado no escopo da Operação Lava Jato.
Temer não citou o nome de seus ministros envolvidos em denúncias, mas respondeu a uma pergunta sobre se escândalos que atingem nomes como o de Geddel, Moreira Franco e Romero Jucá não prejudicam os projetos do governo no Congresso.
O presidente disse que não. "Em primeiro lugar, facilitam. São pessoas que dialogam bem com o Congresso, como eu, vocês sabem, dialogo muito bem com o Congresso Nacional. Acho que podem ajudar", afirmou.
A seguir, o presidente ponderou as denúncias, minimizando-as. "O envolvimento dos nomes se deu, convenhamos, por enquanto, por uma simples alegação, uma afirmação. É preciso que essas coisas se consolidem. Se um dia se consolidarem, muito bem, o governo verá o que fazer", disse, completando a seguir: "Se a cada momento que alguém mencionar o nome de alguém (na Lava Jato) e isso passar a dificultar a ação do governo, fica difícil".
Nessa quarta-feira, 19, ele se reúne com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e com o imperador Akihito.