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Acordo sobre dívida com União seguirá à justiça, diz Paes

No acordo, a prefeitura se compromete a pagar parcela de dívida com o índice de reajuste atual e o governo federal assume compromisso de devolver o que foi pago

Eduardo Paes: o acordo foi feito depois de o prefeito entrar na Justiça para fazer valer a lei (GettyImages/ Peter Macdiarmid)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2015 às 15h01.

Rio - O prefeito Eduardo Paes (PMDB) informou nesta quarta-feira, 1º, que será encaminhado hoje à Justiça do Rio o acordo feito com a União em que a prefeitura se compromete a pagar parcela de dívida com o índice de reajuste atual e o governo federal assume compromisso de devolver o que foi pago em fevereiro do ano que vem.

O acordo foi feito depois de Paes entrar na Justiça para fazer valer a lei, ainda não regulamentada pelo governo, que altera o indexador de reajuste e que, na prática, diminui as dívidas de Estados e municípios com a União.

Segundo Paes, os R$ 29 milhões que a prefeitura depositou em juízo e que quitam a dívida do Rio, segundo os cálculos com base no novo indexador, continuarão no caixa da União.

A prefeitura fará novos depósitos em juízo que serão devolvidos em 2016. "É como se fosse uma poupança que estou fazendo. Eu viro credor da União", afirmou.

A ação movida pela prefeitura, que já teve liminar favorável a Paes, autorizando o pagamento dos R$ 29 milhões para quitar a dívida, não será extinta, segundo o prefeito.

"O processo fica lá dormindo e a liminar continua valendo", afirmou.

Paes voltou a dizer que houve uma crise política desnecessária até que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aceitasse devolver o que for pago a mais por Estados e municípios devedores.

Com o acordo, o governo adiou para 2016 a regulamentação de lei que fixa novo indexador para as dívidas.

"Tanta confusão para nada", disse Paes. "O mercado havia precificado (fixado o preço) essa lei (que reduz o índice de reajuste). Agora se precificou de novo o que já estava precificado. Do ponto de vista da comunicação, não foi a coisa mais inteligente", criticou.

Paes tem dito que a lei fará a União deixar de cobrar "juros de agiota" e passar a cobrar juros de mercado.

O prefeito disse que está em dia com as contas municipais. "Até me dou ao luxo de emprestar um dinheiro para a União fechar suas contas", completou.

O prefeito elogiou a presidente Dilma Rousseff por mudar o cálculo do pagamento das parcelas da dívida. "Ela acabou com um problema eterno".

O Congresso aprovará lei que permitirá a todos os municípios e Estados devedores receberem de volta da União o valor que pagarem a mais em 2015.

"Estou protegido agora pela lei e pela decisão judicial", disse Paes.

Nessa terça-feira, 31, o ministro Levy disse na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a lei que trata do indexador é autorizativa e que a União não pode comprometer o equilíbrio das contas públicas para garantir a mudança.

"A União não abre mão de diálogo, mas não pode abrir mão da sua responsabilidade de garantir o equilíbrio nacional", completou.

"É muito significativo R$ 3 bilhões, é mais da metade da economia que se esperava para este ano com a mudança na desoneração da folha".

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O acordo foi feito depois de Paes entrar na Justiça para fazer valer a lei, ainda não regulamentada pelo governo, que altera o indexador de reajuste e que, na prática, diminui as dívidas de Estados e municípios com a União.

Segundo Paes, os R$ 29 milhões que a prefeitura depositou em juízo e que quitam a dívida do Rio, segundo os cálculos com base no novo indexador, continuarão no caixa da União.

A prefeitura fará novos depósitos em juízo que serão devolvidos em 2016. "É como se fosse uma poupança que estou fazendo. Eu viro credor da União", afirmou.

A ação movida pela prefeitura, que já teve liminar favorável a Paes, autorizando o pagamento dos R$ 29 milhões para quitar a dívida, não será extinta, segundo o prefeito.

"O processo fica lá dormindo e a liminar continua valendo", afirmou.

Paes voltou a dizer que houve uma crise política desnecessária até que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aceitasse devolver o que for pago a mais por Estados e municípios devedores.

Com o acordo, o governo adiou para 2016 a regulamentação de lei que fixa novo indexador para as dívidas.

"Tanta confusão para nada", disse Paes. "O mercado havia precificado (fixado o preço) essa lei (que reduz o índice de reajuste). Agora se precificou de novo o que já estava precificado. Do ponto de vista da comunicação, não foi a coisa mais inteligente", criticou.

Paes tem dito que a lei fará a União deixar de cobrar "juros de agiota" e passar a cobrar juros de mercado.

O prefeito disse que está em dia com as contas municipais. "Até me dou ao luxo de emprestar um dinheiro para a União fechar suas contas", completou.

O prefeito elogiou a presidente Dilma Rousseff por mudar o cálculo do pagamento das parcelas da dívida. "Ela acabou com um problema eterno".

O Congresso aprovará lei que permitirá a todos os municípios e Estados devedores receberem de volta da União o valor que pagarem a mais em 2015.

"Estou protegido agora pela lei e pela decisão judicial", disse Paes.

Nessa terça-feira, 31, o ministro Levy disse na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a lei que trata do indexador é autorizativa e que a União não pode comprometer o equilíbrio das contas públicas para garantir a mudança.

"A União não abre mão de diálogo, mas não pode abrir mão da sua responsabilidade de garantir o equilíbrio nacional", completou.

"É muito significativo R$ 3 bilhões, é mais da metade da economia que se esperava para este ano com a mudança na desoneração da folha".

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