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Acordo de Maluf destinaria US$ 13 mi a Prefeitura de SP

Deputado pode abrir mão de US$ 13 milhões dos US$ 22 milhões bloqueados administrativamente em Jersey, que voltariam para a prefeitura de São Paulo

A última esperança de reaver de forma rápida o dinheiro público era o acordo entre a defesa do deputado em Nova York e o promotor Adam S. Kaufmann, de Manhattan (Mario Rodrigues/Veja São Paulo)

A última esperança de reaver de forma rápida o dinheiro público era o acordo entre a defesa do deputado em Nova York e o promotor Adam S. Kaufmann, de Manhattan (Mario Rodrigues/Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 19h32.

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo terá de esperar alguns anos para receber os milhões de dólares das contas das offshores Macdoel Trust e Latin Invest que estão na Ilha de Jersey, no Reino Unido. A última esperança de reaver de forma rápida o dinheiro público supostamente desviado pelo ex-prefeito Paulo Maluf (PP) era o acordo entre a defesa do deputado em Nova York e o promotor Adam S. Kaufmann, de Manhattan.

Pelo acordo, Maluf abriria mão de US$ 13 milhões dos US$ 22 milhões bloqueados administrativamente em Jersey. A negociação se arrastou por quase um ano, mas Maluf desistiu na última hora porque seu filho, Flávio, poderia ficar à mercê do Ministério Público brasileiro.

Os advogados britânicos da prefeitura não haviam entrado na Justiça para reaver esse dinheiro, ao contrário do que fizeram em relação aos valores das contas mantidas pelas offshores Kildare Finance e Durant Internacional. No caso dessas duas, além do bloqueio administrativo, a prefeitura também obteve o bloqueio judicial do dinheiro.

Ao todo, o Ministério Público de São Paulo e a prefeitura estimam que Maluf e sua família manteriam ativos avaliados em US$ 160 milhões em Jersey - cerca de US$ 100 milhões em ações da Eucatex e o restante em dinheiro nas contas bancárias das offshores. No Brasil, o MPE também obteve o bloqueio judicial dos valores em Jersey.

Na avaliação da Procuradoria do Município, seria mais difícil reaver o dinheiro da Macdoel Trust e da Latin Invest do que o das outras offshores. O acordo com Maluf seria duplamente vantajoso: além de garantir o repatriamento imediato da fortuna, acabaria com o risco de um processo moroso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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