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Acordo de delação de Delcídio ainda está na PGR, diz fonte

Fonte confirmou que trechos do depoimento vazados para a IstoÉ são de proposta de acordo feita aos procuradores da Lava Jato

Delcídio do Amaral: acordo de delação foi assinado, segundo fonte, mas devolvido porque presidente do STF solicitou esclarecimentos (Ueslei Marcelino/ Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 21h45.

Brasília - O acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no âmbito da operação Lava Jato foi devolvido à Procuradoria-Geral da República pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), para que uma questão técnica seja corrigida, informou à Reuters nesta terça-feira uma fonte ligada ao processo.

O acordo foi assinado e parte dos depoimentos tomada, mas Zavascki solicitou esclarecimentos sobre algumas das condições técnicas da delação e enviou novamente a documentação para a PGR.

De acordo com a fonte, não há prazo para o acordo ser enviado novamente ao STF e nem para o ministro, relator na corte dos casos ligados à Lava Jato, fazer a homologação.

A fonte, que pediu anonimato, confirmou ainda que trechos do depoimento vazados para a revista IstoÉ são da proposta de acordo feita pelos advogados de Delcídio, ex-líder do governo no Senado, aos procuradores da Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras . Disse, no entanto, que os trechos não são dos depoimentos da delação em si, mas não quis dar mais detalhes.

Delcídio foi preso na Lava Jato em novembro do ano passado, acusado de tentar obstruir as investigações da operação. O parlamentar, que está com a filiação ao PT suspensa, foi flagrado em um áudio em que oferece dinheiro, influência política junto ao Judiciário e até uma rota de fuga para beneficiar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em troca do silêncio dele na Lava Jato.

Em trechos publicados pela revista, o senador envolve a presidente Dilma Rousseff , afirmando que ela “acompanhou de perto” todo o processo de aquisição pela Petrobras da refinaria de Pasadena, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , a quem acusa de ter conhecimento da corrupção na estatal e de ser mandante de um esquema para pagar pelo silêncio de testemunhas.

A delação de Delcídio assustou o Palácio do Planalto e reaqueceu a discussão sobre um possível impeachment de Dilma.

Tanto a presidente quanto Lula rejeitaram as acusações. Dilma afirmou que o senador atuou por "vingança" pelo fato de o governo não ter atuado para libertá-lo da prisão, onde ficou por quase 90 dias até ser solto em fevereiro.

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Brasília - O acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no âmbito da operação Lava Jato foi devolvido à Procuradoria-Geral da República pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), para que uma questão técnica seja corrigida, informou à Reuters nesta terça-feira uma fonte ligada ao processo.

O acordo foi assinado e parte dos depoimentos tomada, mas Zavascki solicitou esclarecimentos sobre algumas das condições técnicas da delação e enviou novamente a documentação para a PGR.

De acordo com a fonte, não há prazo para o acordo ser enviado novamente ao STF e nem para o ministro, relator na corte dos casos ligados à Lava Jato, fazer a homologação.

A fonte, que pediu anonimato, confirmou ainda que trechos do depoimento vazados para a revista IstoÉ são da proposta de acordo feita pelos advogados de Delcídio, ex-líder do governo no Senado, aos procuradores da Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras . Disse, no entanto, que os trechos não são dos depoimentos da delação em si, mas não quis dar mais detalhes.

Delcídio foi preso na Lava Jato em novembro do ano passado, acusado de tentar obstruir as investigações da operação. O parlamentar, que está com a filiação ao PT suspensa, foi flagrado em um áudio em que oferece dinheiro, influência política junto ao Judiciário e até uma rota de fuga para beneficiar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em troca do silêncio dele na Lava Jato.

Em trechos publicados pela revista, o senador envolve a presidente Dilma Rousseff , afirmando que ela “acompanhou de perto” todo o processo de aquisição pela Petrobras da refinaria de Pasadena, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , a quem acusa de ter conhecimento da corrupção na estatal e de ser mandante de um esquema para pagar pelo silêncio de testemunhas.

A delação de Delcídio assustou o Palácio do Planalto e reaqueceu a discussão sobre um possível impeachment de Dilma.

Tanto a presidente quanto Lula rejeitaram as acusações. Dilma afirmou que o senador atuou por "vingança" pelo fato de o governo não ter atuado para libertá-lo da prisão, onde ficou por quase 90 dias até ser solto em fevereiro.

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