7 cartazes mostram que apoio a Dilma não foi unânime em atos
Lideranças de mais de 30 movimentos estavam presentes, muitos com reclamações à gestão da presidente
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2015 às 10h23.
Última atualização em 3 de agosto de 2017 às 15h18.
São Paulo – Os protestos de ontem à noite, em São Paulo , tinham como principais bandeiras a promoção de saídas à esquerda para a crise, além de protestar contra as medidas de ajuste fiscal promovidas pelo governo e a atuação de Eduardo Cunha (PMDB) como presidente da Câmara dos Deputados . Com mais de 30 movimentos envolvidos na organização, no entanto, as reclamações eram difusas. Enquanto boa parte bradava o "Não vai ter golpe" — contra os pedidos sem base legal para impeachment da presidente Dilma Rousseff —, algumas lideranças como a militância do PSOL usavam a passeata para protestar contra as medidas "em favor do mercado e contra o povo" do governo. Apesar de uma forte presença da militância do PT e partidos da base aliada, apenas 54% dos manifestantes de ontem consideravam o governo Dilma como bom ou ótimo, de acordo com a pesquisa Datafolha. É bastante, considerando os 8% de aprovação da presidente em âmbito nacional, mas pouco se comparado ao fato de que 83% dos presentes alegam ter votado na petista no segundo turno das eleições — Aécio Neves (PSDB) teve 5%. Veja nas imagens da galeria algumas das bandeiras do protesto, favoráveis e críticas ao governo Dilma.
A entidade pedia a "defesa da democracia e uma resolução para a crise à esquerda, com saídas populares poupando trabalhadores, estudantes e os mais pobres"
O grupo pedia que as contas do governo fossem pagas pela taxação de grandes fortunas, em vez de cortando empregos e aumentando juros
Grupo pedia também a preservação dos direitos trabalhistas e menos demissões
"Dilma, a saída da crise é com o povo e pela esquerda", diz cartaz de manifestante em crítica ao ajuste fiscal e medidas do governo "alinhadas ao mercado".
O combinado entre a presidente Dilma e Renan Calheiros para garantir mais apoio do Senado ao Planalto, é considerada golpe por manifestantes. Entre as medidas mais contestadas do plano está o apoio à regulamentação da terceirização
Tanto o presidente da Câmara como o Ministro da Fazendo foram duramente criticados durante todo o protesto. Cunha por ser considerado o articulador de um golpe contra a democracia, traduzido no impeachment da presidente, e Levy por ser o embaixador do ajuste fiscal
Para o partido, o segundo mandato da petista sofreu "uma guinada violenta à direita", por conta da composição ministerial e do pacote de ajuste fiscal
Eram muitas bandeiras do PT e cartazes com os dizeres "Não vai ter golpe" e "A presidenta foi democraticamente eleita e vai terminar o mandato". Em caso de deposição da presidente, o Datafolha fez uma simulação de eleição presidencial. Lula (PT) foi citado por 67%. Em seguida, empatadas em segundo lugar ficaram Luciana Genro (PSOL) e Marina Silva (PSB), com 9% cada uma. Aécio Neves (PSDB) teve 6% das preferências.
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