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1º dia do Enem tem o maior número de abstenções em oito anos

Dos 6,7 milhões de inscritos neste domingo, 4,3 milhões marcaram presença hoje, de acordo com informações preliminares do Inep e do MEC

Enem: no ano passado, a média de faltas dos dois dias de prova foi de 29,19% (Ricardo Matsukawa/VEJA)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 06h44.

Brasília - O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou 30,2% de abstenções, a maior taxa em oito anos - em 2009, a média foi de 37,7% de ausências.

Dos 6,7 milhões de inscritos neste domingo, 4,3 milhões marcaram presença hoje, de acordo com informações preliminares do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) e do Ministério da Educação. No ano passado, a média de faltas dos dois dias de prova foi de 29,19%.

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Dentre todos os participantes, 273 foram eliminadas por descumprimento das regras gerais. Destes, nove tiveram objetos proibidos identificados através do detector de metais.

Segundo o ministro Mendonça Filho (Educação), não foram registradas "ocorrências graves". No primeiro dia de prova, o MEC verificou quatro ocorrências: duas de pessoas que saíram correndo com o caderno de questões antes do horário permitido, além de outros dois locais de provas onde não foi possível fazer a aplicação do Enem por problemas de energia - um em Teresina, no Piauí, e outro em Uruaçu, em Goiás.

O MEC ainda não possui o número de quantas pessoas não puderam fazer o teste por problemas técnicos, mas assegurou que os participantes não serão prejudicados e poderão refazer o Enem nos dias 12 e 13 de dezembro.

Ainda de acordo com o ministro, um jovem foi identificado com um cigarro de maconha, porém foi liberado para fazer a prova após o material ser apreendido.

De acordo com Mendonça, a polícia foi acionada no local, que não foi divulgado, e verificou que se tratava de uma quantia para consumo, e não tráfico. O episódio não foi registrado como ocorrência.

Com tema da redação sobre desafios para formação educacional de surdos no País, o Inep estima que cerca de 3 mil surdos e deficientes auditivos participaram do primeiro dia de provas.

Destes, 1.700 utilizaram um novo recurso oferecido pelo Inep de uma "vídeo prova" traduzida em língua brasileira de sinais. Os demais (1.300 participantes) optaram por fazer a prova em turmas com tradutores para auxiliar na comunicação.

A presidente do Inep, Maria Inês Fini, comemorou a escolha do tema da redação. "Muito me conforta, como educadora, receber de milhares de jovens tantos parabéns pelo tema da redação", disse.

Para Mendonça Filho, a escolha do tema da prova foi "positiva". Ele destacou a importância de garantir maior inclusão aos surdos e deficientes auditivos nas escolas brasileiras.

Pela primeira vez, o Enem passou a ser realizado em dois finais de semana. Neste domingo, os alunos fizeram provas de ciências humanas e linguagens, além da redação. No próximo domingo (12), será aplicada a segunda etapa da prova, que é sobre matemática e ciências da natureza.

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