184 crimes de Cabral; PMs do ES…
Sabatina de Moraes Depois de intenso debate entre base e oposição e ameaça de antecipação para amanhã, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado agendou para a próxima terça-feira 21 a sabatina de Alexandre de Moraes, ato que cumpre os trâmites de indicação para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. A […]
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 17h55.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h40.
Sabatina de Moraes
Depois de intenso debate entre base e oposição e ameaça de antecipação para amanhã, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado agendou para a próxima terça-feira 21 a sabatina de Alexandre de Moraes, ato que cumpre os trâmites de indicação para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. A decisão foi tomada pelo vice-presidente do colegiado, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que presidiu a sessão. Para respeitar o intervalo de leitura do relatório de indicação e a sabatina, foi definido o prazo de cinco dias úteis. Líder do Governo no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) articulou por meio de uma exceção do regimento um encurtamento do período para 24 horas após apresentação do relatório, mas enfrentou resistência de parlamentares da oposição. Voltou atrás para evitar o clima de “animosidade” na comissão.
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9.000 homens no Rio
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou nesta terça-feira que foram designados 9.000 homens das Forças Armadas para auxiliar no patrulhamento policial no Rio de Janeiro até a próxima quarta-feira 22. O reforço foi requisitado pelo governador Luiz Fernando Pezão há cinco dias. Assim como o Espírito Santo, o Rio registra mobilizações em 27 dos 39 batalhões de Polícia Militar, prejudicando o policiamento. Familiares impedem a saída para patrulhamento, assim como aconteceu no Espírito Santo, onde a crise de segurança deixou mais de 150 mortos, segundo o Sindicato dos Policiais Civis.
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Enquanto isso
Em meio aos protestos por melhores salários, a Secretaria da Fazenda do Rio depositou nesta terça-feira os salários de agentes de Segurança Pública do estado. Os vencimentos correspondem ao mês de janeiro para ativos e aposentados. O pagamento vem com o reajuste prometido em 2014 de 10,22%. Parte das áreas priorizadas pelo governo, receberam também os servidores da Educação, mas apenas os da ativa. O valor total do desembolso é de 920 milhões de reais. Não há previsão de pagamento para outras categorias.
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PMs do Espírito Santo
O governo do Espírito Santo divulgou nesta terça-feira uma lista de policiais militares que serão indiciados por crime militar de revolta por conta da greve da categoria no estado. Até o momento foram publicados 155 nomes dos 703 envolvidos que responderão a Inquéritos Policiais Militares (IPMs) e processos administrativos. As consequências vão de absolvição a expulsão da PM e detenção. Na lista estão dois tenentes-coronéis, um major, um capitão da reserva, quatro primeiros-sargento, três terceiros-sargentos, 28 cabos e 116 soldados. O crime de revolta tem penas previstas de 8 a 20 anos de prisão. Enquanto isso, a onda de violência segue: nesta terça, o frei Pedro Engel, de 80 anos, foi agredido por dois assaltantes, no Convento da Penha, na Grande Vitória. O religioso sofreu diversas escoriações e teve uma quantidade não divulgada de dinheiro roubada.
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184 crimes
O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) foi alvo da quarta denúncia protocolada pelo Ministério Público Federal na Operação Eficiência, braço carioca da Lava-Jato. Foram apontados 184 crimes de lavagem de dinheiro. Outros 12 nomes de assessores aparecem na denúncia como integrantes de organização criminosa. Na peça, o ex-governador teve despesas pagas de 39,7 milhões de reais entre 1º de agosto de 2014 a 10 de junho de 2015. Cabral é réu em Curitiba e em outras duas ações penais no Rio por corrupção, lavagem e formação de quadrilha. Pelas provas reunidas nas operações Eficiência e Calicute, o peemedebista é apontado como comandante de um esquema de corrupção que passa dos 224 milhões de reais em propina.
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Guerra ao picho
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), está proibido de apagar grafites pela cidade sem autorização do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo, o Conpresp. O juiz Adriano Marcos Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, acolheu liminarmente o pedido do munícipe Allen Ferraudo depois que uma ação do projeto Cidade Linda da gestão Doria apagou o mural de grafites na Avenida 23 de Maio. A multa fixada é de 500.000 reais por dia de descumprimento. A Prefeitura vai recorrer.