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14 mi de alunos do Bolsa Família vão à escola frequentemente

As famílias com dificuldade em cumprir as condicionalidades podem ter seus benefícios bloqueados e suspensos

As famílias devem ainda manter atualizadas as informações no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Divulgação/ Fundação Victor Civita)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2015 às 07h44.

Brasília - O recebimento do benefício do Bolsa Família implica em algumas contrapartidas que as famílias devem realizar, entre elas que os filhos estejam estudando regularmente.

E, no bimestre de abril e maio, mais de 14,7 milhões de crianças e jovens que recebem a complementação de renda tiveram a frequência escolar acompanhada.

Deste total, 96% cumpriram o mínimo de presença de 85% (crianças e jovens de 6 a 15 anos) e de 75% (jovens de 16 e 17 anos).

O coordenador geral de Acompanhamento de Condicionalidades do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rodrigo Lofrano, destaca que "famílias com crianças e adolescentes que deixaram de ir às escolas por motivos justificáveis, como doença ou insuficiência de vaga no serviço educacional, não sofrem bloqueio no benefício".

As famílias com dificuldade em cumprir as condicionalidades podem ter seus benefícios bloqueados e suspensos. Os cancelamentos, porém, só ocorrem em último caso, após acompanhamento da assistência social.

O resultado do acompanhamento em cada município. As famílias devem ainda manter atualizadas as informações no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, principalmente em situações de mudança de escola.

O poder público também tem compromissos: garantir a oferta do serviço educacional à população e acompanhar, por meio da rede de assistência social, as famílias em contextos mais vulneráveis.

Redução da desigualdade - Lofrano reforça que é muito importante que as prefeituras informem a frequência dos alunos. "Ao acompanharem a trajetória escolar dos alunos, os municípios estão enfrentando a situação de vulnerabilidade social e educacional, rompendo um ciclo de gerações da pobreza."

Levantamento feito pelo MDS, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstra que a população mais pobre está estudando mais e que o Bolsa Família potencializou o resultado na última década.

O tempo de permanência na escola entre os 20% mais pobres com até 21 anos cresceu 36% entre 2003 e 2013. Entre os 20% mais ricos, os anos de estudo aumentaram 4% no período.

Dados da Pnad mostram que é cada vez maior o número de alunos com 15 anos da rede pública de ensino que estão na série adequada. Em 2001, apenas 24,4% dos alunos entre os 20% mais pobres se encaixavam no nível escolar correto.

Com a criação do Bolsa Família, mais jovens tiveram acesso à educação e 33,6% alcançaram a série adequada aos 15 anos. Após 10 anos, esse número saltou 63%.

Nos demais estudantes da rede pública, o crescimento no mesmo período foi de apenas 13%.

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Deste total, 96% cumpriram o mínimo de presença de 85% (crianças e jovens de 6 a 15 anos) e de 75% (jovens de 16 e 17 anos).

O coordenador geral de Acompanhamento de Condicionalidades do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rodrigo Lofrano, destaca que "famílias com crianças e adolescentes que deixaram de ir às escolas por motivos justificáveis, como doença ou insuficiência de vaga no serviço educacional, não sofrem bloqueio no benefício".

As famílias com dificuldade em cumprir as condicionalidades podem ter seus benefícios bloqueados e suspensos. Os cancelamentos, porém, só ocorrem em último caso, após acompanhamento da assistência social.

O resultado do acompanhamento em cada município. As famílias devem ainda manter atualizadas as informações no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, principalmente em situações de mudança de escola.

O poder público também tem compromissos: garantir a oferta do serviço educacional à população e acompanhar, por meio da rede de assistência social, as famílias em contextos mais vulneráveis.

Redução da desigualdade - Lofrano reforça que é muito importante que as prefeituras informem a frequência dos alunos. "Ao acompanharem a trajetória escolar dos alunos, os municípios estão enfrentando a situação de vulnerabilidade social e educacional, rompendo um ciclo de gerações da pobreza."

Levantamento feito pelo MDS, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstra que a população mais pobre está estudando mais e que o Bolsa Família potencializou o resultado na última década.

O tempo de permanência na escola entre os 20% mais pobres com até 21 anos cresceu 36% entre 2003 e 2013. Entre os 20% mais ricos, os anos de estudo aumentaram 4% no período.

Dados da Pnad mostram que é cada vez maior o número de alunos com 15 anos da rede pública de ensino que estão na série adequada. Em 2001, apenas 24,4% dos alunos entre os 20% mais pobres se encaixavam no nível escolar correto.

Com a criação do Bolsa Família, mais jovens tiveram acesso à educação e 33,6% alcançaram a série adequada aos 15 anos. Após 10 anos, esse número saltou 63%.

Nos demais estudantes da rede pública, o crescimento no mesmo período foi de apenas 13%.

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