Game of Thrones: episódio 3 trouxe intrigas, vinganças e derrotas
Em um episódio que se moveu velozmente, e teve sua dose de absurdos, espectadores foram bombardeados com reviravoltas e revelações
Publicado em 30 de julho de 2017 às, 23h53.
Última atualização em 31 de julho de 2017 às, 09h57.
Bem, amigos, “A Justiça da Rainha” terminou há poucos minutos e se tem uma coisa que o episódio 3 da temporada 7 nos mostrou é que o cerco parece estar de fechando contra nossa Daenerys. Mas, antes de entrarmos nas batalhas de Game of Thrones, vamos falar sobre as batalhas dos espectadores, em especial dos assinantes do serviço de streaming da HBO, o HBO Go.
Pelo terceiro domingo consecutivo, foram relatados problemas no acesso à plataforma. O blog tentou acessá-la por diversas vezes logo após o início do episódio da série, mas sem sucesso. Tentamos novamente após a transmissão e nada.
Nas redes sociais, o descontentamento é mais que evidente, basta ir até a página do canal no Facebook para se deparar com vários comentários de pessoas expressando a frustração com a qualidade do serviço. A equipe do canal, no entanto, estava atenta aos comentários, pedindo que aqueles que estivessem enfrentando problemas relatassem o ocorrido em um formulário online.
O blog entrou em contato com a HBO Brasil via Facebook e e-mail para apurar o que, afinal, está acontecendo, mas não recebeu nenhuma resposta da equipe até o momento da publicação desse post. A hora de contato (23h20) não ajuda, é verdade, mas iremos atualizar o post assim que um posicionamento oficial do canal nos for enviado.
Agora, voltando à programação normal de Sobre Filmes e Séries, seguimos em frente com um recap dos principais acontecimentos do episódio 3 da temporada 7 de Game of Thrones e nossas impressões. Como de costume, fica o alerta de SPOILER.
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SPOILER
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O episódio começou relativamente otimista depois de uma derrota colossal de duas importantes aliadas ante o terrível Euron Greyjoy e com o aguardado encontro entre a mãe dos dragões e nosso menino Jon Snow. Finalmente, os elementos fundamentais da série, gelo e fogo, parecem prestes a se unir.
Antes, no entanto, Varys e Melissandre tem uma conversa estranha. Enquanto o conselheiro resolve especular a razão por trás do não comparecimento da feiticeira no encontro com Sir Davos e Jon Snow, ela resolve deixá-lo com uma mensagem nada confortável, insinuando que ambos irão morrer em Westeros.
Considerando que Varys já viu muita coisa acontecer, sua reação ao ouvir essa frase da boca de Melissandre foi de medo. Pode ser o trauma falando mais alto, afinal, ele sofreu um bocado em razão de feitiçarias, mas ele pareceu amedrontado de verdade.
Chegamos à reunião, que começou ainda na praia do castelo Pedra do Dragão, com direito a uma participação especial dos estimados dragões e as reações incrédulas do rei do Norte e seu escudeiro. Já na presença da rainha, vimos trocas tensas entre todos os presentes: Dany, Tyrion, Sir Davos e Jon, que estava seguro de si, especialmente reticente em jurar sua lealdade à uma desconhecida e claro em relação aos perigos que TODOS enfrentarão quando os Outros chegarem.
Esse get together, no entanto, é logo interrompido por Varys, que traz péssimas notícias sobre o destino de Yara, Theon Greyjoy e Ellaria Sand.
Farpas à parte, era esperado que esse encontro não fosse tão tranquilo quanto os românticos imaginaram. A boa notícia é que, no decorrer do episódio, os dois pareceram se entender um pouco melhor: Dany permite que Jon produza armas com o vidro de dragão, algo essencial na guerra contra os mortos, e Jon mostra um pouco de boa vontade com a Targaryen.
Já em Porto Real, lá vamos nós nos deparar com uma nova caminhada da vergonha, dessa vez protagonizada por Yara Greyjoy, Ellaria Sand e Tyene. O show, no entanto, fica por conta da arrogância e ultraconfiança de Euron Greyjoy, que cavalga triunfante pelas ruas arrastando o trio de mulheres em meio a uma multidão raivosa.
Ah, a cara da Cersei. Não é segredo pra ninguém que nossa rainha atual seja uma psicopata. Bom, ela explodiu todos os seus inimigos de uma só vez, é verdade. Mas a sua reação ao ver Ellaria foi impagável. Sua vingança, então, ainda mais.
Em uma cela escura, tal qual a que agonizou por alguns meses, Cersei envenenou Tyenne usando a mesma substância que Ellaria usou ao matar Myrcella. A mulher de Dorne ficou transtornada ao ver, e saber, do que se tratava o aparente beijo que Cersei deu em sua filha, mas, sinceramente, o que é que ela esperava uma vez capturada? Fica a pergunta. E que triste fim para as Serpentes da Areia...
Entorpecida pela vingança, Cersei tem um encontro fogoso com Jaime. A noite de amor dos irmãos, que tem pouco de fraternal, é interrompida pela chegada de um visitante de Bravos. O banqueiro vem avisar que a dívida dos Lannister vem crescendo e que uma guerra traz ainda mais devastação financeira para todos os envolvidos. Mas, depois de tanto tempo encabeçando a estratégia de sobrevivência de sua família, Cersei sabe bem como convencer o “mercado” de que terá liquidez para quitar tin tin por tin tin.
Assim como no episódio anterior, vimos em “A Justiça da Rainha” o desenrolar de duas grandes batalhas em dois pontos importantíssimos de Westeros: Rochedo Casterly e o Jardim de Cima. Se no primeiro, os espectadores vibraram com a narração de Tyrion que indicava uma vitória importante para Dany ao conquistar o castelo dos Lannister, logo foram trazidos de volta para a dura realidade de que Jaime e Cersei não são idiotas. Muito pelo contrário.
No Rochedo, os Unsullied executaram um plano incrível. Enquanto atacavam o castelo por Terra, Greyworm levava um grande grupo de soldados para dentro da construção por meio de um atalho construído por Tyrion, o local que usava para receber amigos que, digamos, não seriam lá bem recebidos por seu pai. De acordo com ele, Tywinn o deixou encarregado de construir a rede de esgotos do local e ele aproveitou para elaborar um cantinho de curtição.
E foi lindo, porém não tão difícil quanto imaginavam por uma razão que logo viria à tona: enquanto a armada poderosa de Euron destruía os navios que levaram os Unsullied até lá, Jaime chegava até a morada de Olenna Tyrell, acompanhado de um aliado histórico dessa casa, Randyll Tarly. A tomada do Jardim de Cima foi fácil, o bolso dos Lannister voltaria a se encher, facilitando o pagamento da dívida com Bravos e fortalecendo a sua posição.
Aqui, no entanto, o desdobramento mais impressionante de todo o episódio e certamente um dos melhores momentos que essa temporada trouxe até agora. Ao se encontrar com Olenna, resignada da derrota, Jaime age como o cavaleiro que de vez em quando é e lhe oferece um veneno que trará uma morte rápida e indolor.
Ele não contava, no entanto, que sua “gentileza” seria retribuída com uma bofetada com luva de pelica: a matrona Tyrell confessa ter sido a arquiteta da morte de Joffrey. A vingança, meus amigos, é um prato que se come frio e Olenna sempre soube disso. Na realidade, para ela, a sede por vitória nunca foi militar, mas sim psicológica. E se conseguiu. Jaime vai embora desolado e os espectadores são presenteados com uma última cena dessa sábia.
Partindo para o norte, em Winterfell, vemos uma Sansa soltinha e confiante em meio aos seus afazeres como substituta do rei do Norte. Sempre acompanhada de Mindinho, dá ordens pra cá, faz observações pra lá, até que é chamada aos portões de seu castelo para uma surpresa: a chegada de Bran e Meera Reed.
Bran começa a revelar à irmã um pouco do que está acontecendo na sua vida e também dá os primeiros passos para explicar que é capaz de enxergar além da janela do tempo. E o faz da maneira mais absurda possível: lembrando Sansa dos detalhes da sua noite de núpcias com Ramsay Bolton e que terminou em um estupro violento.
Bom, no geral, o episódio 3 da temporada 7 de Game of Thrones trouxe mais vigor ao desenrolar da série, especialmente no que diz respeito aos acontecimentos na Casa Martell e o encontro entre Jon e Dany.
Agora, vale notar que, assim como no episódio anterior, esse também foi construído em cima de uma narrativa muito veloz e alguns absurdos. O papel de Tyrion como engenheiro do Rochedo Casterly foi um deles (um fato que o próprio livro traz, mas não deixa de ser uma coincidência incrível demais para ser verdade), mas citaríamos ainda a agilidade com que a armada de Euron se locomove pelos mares, e como toda a força que Dany reuniu nos últimos anos está sendo tão facilmente derrubada.