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Star Wars, Star Trek, ou quem sabe, Star Relationship

Será que é possível aprender algo com a ficção, e que traga resultados práticos em nossos negócios. Talvez em alguma galáxia distante...

 (Imagem de Andrew Martin por Pixabay/Creative Commons)
(Imagem de Andrew Martin por Pixabay/Creative Commons)
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Relacionamento antes do Marketing

Publicado em 9 de novembro de 2020 às, 04h00.

Última atualização em 9 de novembro de 2020 às, 09h39.

Poucos roteiros marcaram tantas gerações como Star Trek e Star Wars.

Lançados em 1965 e 1977, as séries continuam a fazer fãs, mesmo depois de mais de 40 anos de suas respectivas estreias.

O que mais me chama a atenção nestas franquias é a capacidade de Gene Roddenberry (criador de Star Trek) e George Lucas (criador da saga Star Wars) de transformarem ficção científica em algo acessível ao público em geral.

Embora Star Trek não tenha sido um programa da minha geração, há alguns anos assisti a série original completa disponível em streaming. Com efeitos especiais sofríveis se comparados ao que temos hoje, Star Trek levava o espectador a imaginar o que seria a vida no espaço a partir do ano 2.254. Mesmo com a limitação de recursos e tecnologia da época os produtores conseguiram inspirar ao longo dos anos, diversas marcas e inventos com destaque para apenas dois: o saudoso Startac da Motorola e a nave Enterprise da Nasa.

Além disso é quase incontável a quantidade de spin-offs que as duas séries lançaram – e ainda continuam lançando.

Mais recentemente assisti alguns episódios da série Star Trek Entreprise lançada em 2004 e que se refere a um período entre os anos de 2.151 a 2.155, isto é, cronologicamente anterior a série original.

Embora isso tudo esteja muitos anos a frente de nossa realidade, algumas coisas me chamam a atenção nas duas séries.

Parte do sucesso recorrente (e alguns fracassos retumbantes como, por exemplo, Star Wars Ewoks – o filme), em minha visão, tem uma forte ligação com a proposta de cada uma das séries, expressa diretamente no nome. Em praticamente todos os episódios o espectador é remetido a algum tipo de jornada – no caso de Star Trek, ou a algum tipo de guerra estelar – no caso de Star Wars.

Independemente de gosto ou preferência, cada uma das sérias tem se mantido fiel a temática original. De certa forma entendo isso como uma ligação ao propósito que tanto falamos aqui no blog.

Com tantos anos de estrada, outro desafio é conseguir se renovar a cada geração sem perder a essência. O como neste caso também é relevante.

No caso de Star Trek o capitão (ou capitã) e seu auxiliar foram a chave. Já no caso de Star Wars, o herói (ou heroína) – que foi a inspiração inicial de Lucas com apoio de Joseph Campbell – tem sido o elo de ligação entre as várias gerações.

As duas séries lançaram, ao longo dos anos, de desenhos animados a bonecos e naves de todo tipo. Deixaram ricos e famosos seus idealizadores, bem como muitos de seus protagonistas. Mas, mais do que isso, encantaram gerações de espectadores com sua forma singular de fazer ficção científica.

Embora haja indiscutivelmente em tantos anos de lançamentos um viés financeiro-econômico (vale lembrar que isoladamente a venda da Lucasfilm rendeu aos bolsos de George Lucas U$ 4 bilhões em 2010), as duas franquias permanecem fazendo sucesso pela capacidade de se reinventar e se atualizar sobre temas relevantes como, por exemplo, a diversidade.

Deixando por um instante de lado o interesse da Netflix e da Disney em faturar alguns milhões extras, e do nariz torcido de alguns fãs mais radicais das séries originais, por trás de todo este esforço está, sem dúvida, o de encantar os clientes.

Não importa se bem ou mal, as duas marcas sabem que sem o gosto popular, não há investimento que resista. Talvez este seja o segredo final trazido de uma galáxia, muito, muito distante e que podemos colocar em prática em nossos negócios sempre que possível.