As consequências da não aprovação de um balanço em um clube de futebol
Tricolor paulista é o clube que, nesse momento, passa por esse processo de aprovação
Publicado em 28 de agosto de 2020 às, 14h57.
Muitos eventos e reuniões foram cancelados ou postergados por conta das medidas de isolamento social implantadas para combater a pandemia da COVID-19, dentre os quais aqueles que podem definir os rumos de um clube de futebol. É o caso do São Paulo Futebol Clube, que vai votar a aprovação de seu balanço hoje, em reunião que foi adiada desde abril.
Quem acompanha a divulgação de resultados de empresas de capital aberto já está mais acostumado com esse tema, mas é um assunto que ainda causa muitas dúvidas no meio esportivo, seja em torcedores, dirigentes e até em jornalistas. O que, afinal, significa aprovar ou não o balanço? Falamos com Pedro Daniel, diretor executivo para o mercado esportivo da EY, para esclarecer para o amigo leitor esse cenário:
O que é balanço financeiro de um clube?
O balanço de uma instituição, seja de empresas ou clubes de futebol, é basicamente o demonstrativo dos resultados financeiros relativos a um determinado período (trimestre, ano). É o documento que serve para prestação de contas a todas as partes interessadas, sejam acionistas ou, no caso dos clubes, torcedores, conselheiros e dirigentes. Ele traduz a realidade econômica da organização para que todos tenham ciência do desempenho financeiro da instituição.
Quando ele pode ser considerado aprovado?
No caso de um clube de futebol, o estatuto rege o rito de aprovação. No geral, ele é apreciado e aprovado pelos órgãos internos ou Conselhos, seja Fiscal, Deliberativo, de Administração antes de sua publicação. Além disso, a Lei Pelé obriga as entidades a publicarem suas demonstrações contábeis e balanços patrimoniais, de cada exercício, devidamente auditados por auditoria independente e o prazo é até o último dia útil do mês de abril.
E o que acontece quando um balanço é reprovado?
O estatuto do clube determina a consequência em casos de reprovação de contas. De ordem prática, o primeiro reflexo é que a instituição pode perder credibilidade no mercado. Isso também dificulta a negociação ou renegociação de empréstimos junto a instituições financeiras, entre outras consequências negativas.