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Depois de dois trimestres seguidos de alta, pedidos de recuperação judicial no agro recuam no 3º tri

Segundo a Serasa Experian, a análise inclui solicitações de pessoas físicas (PF), pessoas jurídicas (PJ) e empresas do setor

Fazenda de Café do Grupo Cedro em Minas Gerais - agricultor - agricultura - agronegocios - agro - lavoura - maquinas - plantação - Foto: Leandro Fonseca data: 20/06/2023
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 12 de novembro de 2024 às 11h00.

Depois de dois trimestres consecutivos de alta, os pedidos de recuperação judicial no agronegócio recuaram 40,7% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao período anterior, de acordo com dados do Serasa Experian, divulgados nesta terça-feira, 12. A análise inclui solicitações de pessoas físicas (PF), pessoas jurídicas (PJ) e empresas do setor.

Segundo a Serasa, a maior queda ocorreu no grupo de produtores rurais que atuam como pessoa física, com uma redução de 50,4%, passando de 214 no segundo trimestre para 106 no terceiro. No entanto, ao comparar com o mesmo período de 2023, houve um aumento expressivo de 265,5% nos pedidos.

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Dentro desse grupo, os pequenos proprietários registraram a maior redução, com os pedidos caindo de 44 para 14. Em seguida, estão arrendatários de terras e grupos familiares ligados ao setor agro, com uma diminuição de 99 para 43 solicitações.

Os médios proprietários também reduziram os pedidos de recuperação judicial, de 35 para 17, enquanto os grandes proprietários apresentaram uma queda mais moderada, de 36 para 32 solicitações.

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PJ no agro

No grupo de produtores rurais que atuam como pessoa jurídica, a queda foi de 23,9%, com os pedidos passando de 121 para 92. Ainda assim, ao comparar com o terceiro trimestre de 2023, houve uma alta de 142,1% nas solicitações de PJ no setor.

Apesar da redução geral, alguns segmentos registraram aumentos pontuais no terceiro trimestre de 2024. O cultivo de soja liderou os pedidos de recuperação judicial, subindo de 53 para 59 solicitações. O algodão também apresentou crescimento, com os pedidos aumentando de 0 para 5.

Em contrapartida, segmentos como criação de bovinos reduziram as solicitações de 25 para 15, o cultivo de cereais caiu de 23 para 5, e o café diminuiu de 7 para 3 pedidos.

Empresas do agro

Os pedidos de recuperação judicial no agronegócio também recuaram entre empresas ligadas ao setor. Com uma queda de 40,4% nas solicitações, os pedidos passaram de 94 no segundo trimestre para 56 no terceiro trimestre.

Dentro desse grupo, entre os cinco setores com maior redução, as agroindústrias de transformação primária lideraram a queda, com os pedidos diminuindo de 34 para 10. O comércio atacadista de produtos agropecuários primários reduziu as solicitações de 12 para 5, enquanto os serviços de apoio à agropecuária caíram de 16 para 12.

Por outro lado, alguns segmentos registraram aumentos: as indústrias de processamento de agroderivados subiram levemente, de 13 para 14 pedidos, e os revendedores de insumos agropecuários (exceto máquinas) aumentaram de 6 para 10 solicitações.

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