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Brasil desacelera plantação de soja com crise de fertilizantes

A safra brasileira ainda pode aumentar 15% em relação ao ano passado, para 141 milhões de toneladas, de acordo com estimativas

Soja (Wenderson Araujo/CNA/Divulgação)

Soja (Wenderson Araujo/CNA/Divulgação)

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Bloomberg

Publicado em 30 de março de 2022 às 12h32.

Última atualização em 30 de março de 2022 às 12h42.

Os temores de uma escassez de fertilizantes estão desacelerando para quase zero o ritmo de expansão da área plantada de soja no Brasil, o maior exportador mundial.

As áreas plantadas da oleaginosa devem aumentar apenas 0,5% na próxima temporada 2022-2023, o crescimento mais lento desde 2006, de acordo com uma previsão do Itaú BBA. Uma desaceleração no produtor número 1 da oleaginosa, que é usada para alimentar uma parcela significativa dos animais criados para virarem carne, pode contribuir para a inflação de alimentos global.

O aumento dos custos de produção e as preocupações com a escassez de fertilizantes em particular são as fontes para a hesitação dos agricultores brasileiros nesta temporada, de acordo com o analista do Itaú BBA Guilherme Bellotti. A Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes do Brasil, e a guerra na Ucrânia está gerando temores de que o envio de nutrientes para as plantações seja interrompido. O Brasil importa 85% de seus fertilizantes.

As margens para os agricultores brasileiros podem cair de um terço a 40% em meio aos custos crescentes neste ano, disse Bellotti a jornalistas na terça-feira. “Ainda é uma boa margem”, disse ele.

A safra brasileira ainda pode aumentar 15% em relação ao ano passado, para 141 milhões de toneladas, de acordo com estimativas preliminares, já que os resíduos de fertilizantes no solo de safras passadas amenizam o impacto de aplicações mais baixas agora, disse Bellotti.

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